A difícil tarefa de trabalhar na educação de jovens e adultos
A educação, seja da criança, adolescente, ou adulto, é um processo que se dá no interior de cada indivíduo, transformando-o espontaneamente, através da convivência com o outro, através da resolução de problemas que dizem respeito ao mundo físico ou social em que vivem, lançando hipóteses e também a partir de suas experiências com o meio. Enfim, somos o resultado de nossas permanentes transformações e trocas. Logo, cada ser é único.
Desta forma, todo indivíduo, ao iniciar um processo de aprendizagem, já trás consigo uma série de conceitos, conhecimentos acumulados, reflexões sobre o mundo, sobre si mesmo, sobre as outras pessoas, crenças e informações de vida, que servirão de filtro para a elaboração de novos conhecimentos. Esses novos conhecimentos irão gerar novos comportamentos, modificar hábitos e assim, sucessivamente.
Durante todo esse processo, o professor precisa estar muito atento, pois, além de poder encontrar dificuldades em compreender o raciocínio do aluno, uma vez que pode reduzir o pensamento do outro ao seu próprio, precisa colocar-se no lugar do educando, tentando compreender suas dúvidas a fim de lhe dar as respostas de que está necessitando e que está preparado para ouvir.
Se isso tudo já parece ser um tanto quanto complicado, imagine se formos falar especificamente do desenvolvimento desse processo todo no ser adulto. Neste caso, além de tudo isso, o educador precisa estar ainda mais preparado, pois, diferente das crianças, os adultos, estão dispostos a iniciar um processo de aprendizagem desde que compreendam a sua utilidade. Para eles, a aprendizagem é orientada para a resolução de problemas e tarefas com que se confrontam na vida. Se por um lado, os adultos são portadores de uma experiência que os distingue das crianças e dos jovens, uma vez que em numerosas situações de formação, são os próprios adultos com a sua experiência que constituem o recurso mais rico para as suas próprias aprendizagens, de outro, esse acúmulo pode gerar um raciocínio mais crítico, tornando-o num “ser aprendente”, cada vez mais exigente !
Um comentário:
Oi Ana, muito interessantes as reflexões que trazes sobre a educação de jovens e adultos. Gostaria de fazer um convite à reflexão a partir de um fragmento da tua postagem. Tu falas "o professor precisa estar muito atento, pois, além de poder encontrar dificuldades em compreender o raciocínio do aluno, uma vez que pode reduzir o pensamento do outro ao seu próprio, precisa colocar-se no lugar do educando, tentando compreender suas dúvidas a fim de lhe dar as respostas de que está necessitando e que está preparado para ouvir". Será que o professor deve compreender as dúvidas do aluno a fim de dar-lhe respostas ou auxiliá-lo na busca das mesmas? Abração, Sibicca
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