segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Ensino de surdos

O texto A POLÍTICA DO ENSINO DE SURDOS, de Harlan Lane, traz uma questão bastante interessante: “Muitas escolas de surdos utilizam um ensino estruturado por ouvintes, não respeitando a cultura, língua e identidade das pessoas surdas.” De acordo com o texto, existem algumas possibilidades de uma mudança nas propostas de ensino dessas escolas. As propostas de ensino precisam perceber o sujeito surdo como um sujeito que tem uma diferença lingüística e cultural. Conforme o documento “A Educação que nós surdos queremos”, elaborado a partir da união da comunidade surda pela luta por uma melhor educação, no ano de 1999, durante o pré-congresso que antecedeu o V Congresso Latino-americano de Educação Bilíngue para Surdos, a política de inclusão-integração escolar deveria ser extinta, tendo em vista que além dela tratar o surdo como deficiente, acaba levando ao fechamento de escolas de surdos, bem como ao abandono do aluno surdo no processo educacional. Em relação aos professores que trabalham com surdos, a maioria são ouvintes e poucos sabem libras, o que prejudica a aprendizagem dos alunos surdos e dificulta que esses alunos alcancem outros níveis no futuro. É importante para os alunos surdos a existência de professores surdos no quadro das escolas, pois, eles trazem o modelo surdo para as crianças e jovens surdos. No caso das escolas terem em seu quadro professores ouvintes, é necessário que estes recebam orientação de professores surdos, que possam auxiliar o professor regente e trabalhar com a língua de sinais na escola. Outro ponto interessante é o fato que nas escolas de ouvintes existe o ensino da Língua Portuguesa, que serve para desenvolver diferentes possibilidades de explorar a língua, conhecer suas variantes, adequar o uso ao contexto e desenvolver a escrita, assim por diante, da mesma forma, alunos surdos necessitam do ensino da Língua de Sinais e precisam ter conhecimento sobre os acontecimentos que envolvem as comunidades surdas, construir sua identidade e perspectivas e a disciplina de Libras pode ser esse espaço. As escolas de ouvintes precisam se preparar para oferecer uma educação de qualidade aos alunos surdos e isto só será possível através da exploração dos conteúdos fazendo uso da língua de sinais, através de recursos visuais, tais como figuras, língua portuguesa escrita e leitura, a fim de desenvolver nos alunos a memória visual e o hábito de leitura. Além disso, a presença de intérpretes de língua de sinais nas aulas é fundamental, pois a modalidade Bilíngüe é uma proposta de ensino que propõe o acesso dos sujeitos surdos a duas línguas no contexto social e escolar. Pesquisas têm mostrado que essa proposta é a mais adequada para o ensino de crianças surdas, tendo em vista que considera a Língua de Sinais como primeira língua e, a partir daí, se passa para o ensino da segunda língua que, no caso do nosso país, é o português que pode ser na modalidade escrita ou oral. Outro ponto que precisa ser levado em consideração é a necessidade dos alunos surdos terem um espaço nas escolas inclusivas onde possam desenvolver sua identidade e cultura.
Referências Bibliográficas
FENEIS. Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos. Que Educação nós surdos queremos: Documento do Pré-Congresso — V Congresso Latino Americano de Educação Bilíngüe para Surdos. Porto Alegre/UFRGS: 1999. Texto Digitado.
ERIKSSON, Per. The History of Deaf People. Sweden: Daufr, 1998.
LANE, Harlan. A Máscara da Benevolência: a comunidade surda amordaçada. Lisboa: Instituto Piaget, 1992.
MOURA, Maria Cecília de. O surdo, Caminhos para uma nova Identidade. Rio de Janeiro: Ed. Revinter, 2000.
PERLIN, Gládis; STROBEL, Karin. Fundamentos da Educação de Surdos. 2008. (Desenvolvimento de material didático ou instrucional - Curso de Letras - LIBRAS à distância).
SILVEIRA, Carolina Hessel. LIBRAS 1. Santa Maria - RS: Gráfica e Editora Pallotti, 2005.
SILVEIRA, Carolina Hessel. O currículo de Língua de Sinais na Educação de Surdos. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação UFSC. Florianópolis, 2006.
Site: http://www.faders.rs.gov.br/portal/uploads/Dicionario_Libras_Atualizado_CAS_FADERS.pdf

Temas Geradores

Paulo Freire, condenando o ensino oferecido na maioria das escolas que era caracterizado por uma educação alienante, acomodada, bancária, desenvolveu um pensamento pedagógico que objetivava conscientizar os alunos, desenvolver a criticidade, inquietá-los. Para o pensador, existem três momentos claros de aprendizagem: o primeiro, quando o educador se inteira daquilo que o aluno conhece, trazendo a cultura do educando para dentro da sala de aula, o segundo, é o momento de exploração das questões relativas aos temas em discussão e o terceiro, é a conscientização do aluno, é quando ele volta-se do abstrato para o concreto, problematizando o conteúdo em questão.
Semelhante a esse pensamento, são as propostas que inspiram os Projetos de trabalho, Centros de Interesse, através de temas geradores, que também valorizam muito a cultura do aluno, além de terem uma concepção de globalização. Esse movimento investigativo tem um ponto de partida que se constrói sobre o conhecimento prévio dos envolvidos, para a definição do tema gerador, onde os alunos partem de suas experiências anteriores e o educador está valorizando e trazendo a cultura do aluno para dentro da sala de aula. A prática pedagógica, através do uso de temas geradores, fomenta que os alunos tenham o hábito de fazer perguntas, faz com que eles busquem explicações para os problemas que se colocam e desafia-os a desenvolverem processos de interação nos quais as trocas de experiências e de idéias abrem novas possibilidades de questionar e de compreender o mundo, além disso, através dessa metodologia, desenvolvemos em nossos alunos a autonomia. Além do mais, desta forma os alunos estarão trabalhando com assuntos do seu interesse, a aprendizagem será significativa, inquietante e desenvolverá alunos críticos e conscientes, pois, só buscamos respostas quando temos uma pergunta, só procuramos alguma coisa quando sentimos necessidade e temos uma idéia acerca do que queremos encontrar !

Célestin Freinet

Assim como Maria Montessori, outro grande educador que merece ser reverenciado é Celéstin Freinet (1896-1966). Pedagogo francês, crítico da escola tradicional e das escolas novas, criador do movimento da escola moderna, tinha como objetivo básico o de desenvolver uma escola popular. Celéstin Freinet se dedicou à educação coletiva, cooperativa e voltada para alunos de meios populares. Ele via na escola a possibilidade de formar cidadãos para o trabalho livre e criativo. Segundo Freinet, um dos deveres do professor é criar uma atmosfera laboriosa na escola, de modo a estimular as crianças a fazer experiências, procurar respostas para suas necessidades e inquietações, ajudando e sendo ajudadas por seus colegas e buscando no professor alguém que organize o trabalho. Para ele, a função primordial do professor era a de colaborar ao máximo para o êxito de todos os alunos. Freinet não via valor didático no erro, ele acreditava que o fracasso desequilibra e desmotiva o aluno, por isso o professor deve ajudá-lo a superar o erro. Seu trabalho despertou grande admiração, inclusive de Piaget.

Maria Montessori

Maria Montessori (1870-1952) foi uma educadora italiana que nos deixou importantes contribuições no campo pedagógico. O método educacional proposto por ela, partia do concreto para o abstrato. Ela apresentou propostas mais dinâmicas para a organização do espaço escolar, das atividades pedagógicas e dos próprios materiais didáticos utilizados. Ela criou materiais lúdicos, nos quais podem ser explorados desde as propriedades dos mesmos, até atividades projetadas para desenvolver o raciocínio lógico-matemático e a linguagem. Até os dias de hoje, podemos ver em nossas escolas algumas das contribuições desta educadora como o Material Dourado, que é utilizado na construção da numeração decimal, e móveis escolares como classes, armários e banheiros proporcionais ao tamanho e à idade das crianças. Ela defendia o respeito às necessidades e aos interesses de cada estudante, de acordo com os estágios de desenvolvimento correspondentes às faixas etárias. Acreditava que as crianças conduziriam o próprio aprendizado e ao professor caberia acompanhar o processo e detectar o modo particular de cada um manifestar seu potencial. Para ela, as crianças não eram seres incompletos, e sim seres humanos integrais desde o nascimento. Ela acreditava que a educação é uma conquista da criança, pois percebeu que já nascemos com a capacidade de ensinar a nós mesmos, se nos forem dadas as condições.

Frase de Maria Montessori: “A tarefa do professor é preparar motivações para atividades culturais, num ambiente previamente organizado, e depois se abster de interferir. ”

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Reflexões !!!

Conforme o texto Consciência Fonológica: o que é, para que serve e qual sua relação com o aprendizado da leitura e da escrita?, a consciência fonológica é a habilidade de perceber a estrutura sonora de palavras, ou de parte de palavras. Existe forte relação entre a consciência fonológica e o aprendizado da leitura e escrita, segundo os pesquisadores. Existem dois níveis dessa habilidade, segundo a fonoaudióloga Lílian Nascimento: a consciência de que a língua oral pode se segmentar em unidades e a consciência de que essas unidades se repetem em diferentes palavras faladas. Segundo o texto, a consciência sintática é a capacidade de segmentar a frase em palavras e organizá-las numa seqüência com sentido e a consciência silábica é a capacidade de dividir palavras em sílabas. Já a consciência fonêmica, última que a criança tende a adquirir, é a capacidade de analisar os fonemas e de relacionar esses fonemas com as letras que os representam.
Conforme o power point Consciência fonológica, Princípio básicos, avaliação e intervenção de Rosangela Marostega Santos, a consciência fonológica é o conhecimento acerca da estrutura sonora da linguagem e se desenvolve mediante contato com a linguagem oral, envolve a manipulação oral e auditiva dos sons da fala, independente do seu significado. A consciência fonológica é a habilidade em analisar, explicitamente, a fala em seus componentes fonológicos, ela é parte integrante da metalinguagem. Para desenvolver a consciência fonológica atividades que levem a criança a perceber que as frases variam em número de palavras, bem como atividades de rima são bastante interessantes !

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O menino selvagem

Atualmente, além de existirem muitas soluções tecnológicas para a comunicação dos surdos, como : telefone para surdos, relógios vibratórios para surdos, sinalizadores luminosos, muitas outras conquistas vêm garantindo as pessoas surdas acesso a serviços de saúde, educação e lazer, porém, nem sempre foi assim e ainda falta muito para a inclusão social efetiva dessa comunidade !!!
Assisti ao filme “O menino selvagem”, dirigido por François Truffaut e baseado no livro de Jean Itard, médico francês. O filme fala sobre a vida de um menino selvagem que vivia na floresta de Aveyron, no sul da França, com lobos, afastado dos seres humanos, emitia grunhidos e sons estranhos, cheirava tudo que levava às mãos e sua locomoção era como a dos animais. No filme, o médico Itard, se interessa pelo menino e pensa ser interessante examiná-lo e determinar o seu grau de inteligência, ele acredita que é possível educá-lo e reintegrá-lo a sociedade e, diferente de outros estudiosos da época, pensava que o menino selvagem, era apenas uma criança que havia sido isolada, privada de educação e que não deveria ser isolada, nem rejeitada pela sociedade. Desta forma, Itard, propõe educá-lo e luta por sua administração, por sua guarda. No filme, o médico e professor, tentou desenvolver a oralização em Victor, o menino selvagem e testava várias maneiras de ensiná-lo, utilizando o método da associação da palavra com a imagem e o som, fazendo o uso de castigos e recompensas na educação do menino. Conforme estudos sobre a vida de Jean Marc Gaspard Itard, a sua experiência com a educação de Victor, influenciou seu trabalho com surdos, posteriormente. Ele é conhecido como o grande defensor da corrente pedagógica chamada de Oralismo.
Assim como Victor, o menino selvagem, no passado, os surdos eram vistos como sujeitos estranhos, considerados inferiores, objetos de curiosidades da sociedade, anormais ou doentes. Na idade média, existiam leis que proibiam os surdos de receberem heranças, de votar e de usufruírem de todos os direitos como cidadãos, sendo que na idade moderna, o monge beneditino Pedro Ponce de Leon, defendeu o direito à herança e o Fray de Melchor Yebra, de Madrid, escreveu um livro, que descreve e ilustra o alfabeto manual da época. Em 1778, Samuel Heinicke, fundou a primeira escola de oralismo, a qual possuía 9 alunos surdos. Mais tarde, Abade Charles Michel de L’Epée “conheceu duas irmãs gêmeas surdas que se comunicavam através de sinais, iniciou e manteve contato com os surdos carentes e humildes, procurando aprender seu meio de comunicação e levar a efeito os primeiros estudos sérios sobre a língua de sinais”. Ele fundou a primeira escola pública para os surdos e ensinou inúmeros professores para surdos, sendo que em 1864 foi fundada a primeira universidade nacional para surdos. Alexander Melville Bell, Professor de surdos, inventou um código de símbolos que utilizava desenhos dos lábios, garganta, língua, dentes e palato, para que os surdos repetissem os movimentos e os sons indicados pelo professor.
Felizmente, hoje a língua de sinais é aceita como a língua natural da comunidade surda, pois, conforme a história, ela estava proibida desde 1880, quando, no Congresso Internacional sobre Educação de Surdos em Milão, foi estabelecido que os surdos deveriam ser educados pelo método do oralismo e a partir de então, a língua de sinais foi oficialmente abolida, proibida de ser utilizada por mais de cem anos na educação de surdos do mundo todo, sendo que em 2005, um decreto assinado pelo presidente Lula, além de tornar a LIBRAS disciplina obrigatória nos cursos de magistério e fonoaudiologia, determinou a contratação de intérpretes em repartições públicas.


Bibliografia
STROBEL, Karin. História da educação de surdos. 2008 (Desenvolvimento de material didático ou instrucional. Curso de Letras-Libras à distância). 2008, p. 32

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Educação de Jovens e Adultos - A chave para o século

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na última década do século XX - 1991/2000, a taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais de idade caiu de 20,1% para 13,6 % . Essa queda continua sendo percebida ao longo dos primeiros anos do século XXI, chegando a 11,8% em 2002. No entanto, apesar dessa redução, o país ainda tem um total de 14,6 milhões de pessoas analfabetas. Essa ausência de escolarização faz com que essas pessoas enfrentem muitas dificuldades como a independência em relação aos filhos, companheiros e amigos em atividades simples como abrir uma conta bancária, escrever uma carta, ler uma placa com nome de rua, etc. A educação, nos dias de hoje, é indispensável para o exercício da cidadania, ela é mais que um direito, ela é a chave para o século e a educação de jovens e adultos serve de reentrada no sistema educacional aos que tiveram uma interrupção forçada pela repetência, evasão ou outras condições adversas.
Conforme Marta Kohl de Oliveira, no texto Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem, os alunos da EJA são geralmente adultos, migrantes de áreas rurais, filhos de trabalhadores rurais, com baixo nível de instrução escolar, algumas vezes apresentando uma passagem curta pela escola, que vem ao encontro das escolas com o intuito de alfabetizar-se e ou cursar algumas séries do ensino supletivo, bem como, jovens, que encontram na EJA, a possibilidade de reinserção escolar, pelo fato de terem se afastado dos estudos pela necessidade de um trabalho precoce ou por sua exclusão do sistema regular de ensino, ocasionada por reprovações, embora esses, geralmente são incorporados aos cursos supletivos em fases mais adiantadas da escolaridade, desta forma, com mais chances de concluírem o ensino fundamental, uma vez que apresentam-se mais ligados ao mundo urbano, são mais envolvidos em atividades de trabalho e lazer e mais relacionados com a sociedade letrada.
Discordando um pouco do pensamento da autora, apesar de ter pouca experiência em EJA, penso que, no passado o número de estudantes oriundos da zona rural era maior e que atualmente essa modalidade de ensino apresenta em sua maioria, jovens com defasagem em idade/série interessados em uma aceleração de estudos, tendo em vista que anteriormente sua passagem pela escola foi breve, malsucedida e com poucas aprendizagens relevantes. Penso que o número de jovens e adolescentes que freqüentam essa modalidade de ensino cresce a cada ano, modificando as características das classes de EJA, o seu cotidiano e as relações que se estabelecem entre os sujeitos que encontram-se nestes espaços, embora ainda possamos encontrar adultos oriundos de áreas rurais e pessoas da terceira idade.
Segundo a autora, os índices de evasão e repetência nos programas de educação de jovens e adultos são altos e isso é o resultado de questões como a falta de sintonia entre a escola e os alunos que dela servem, além dos fatores socioeconômicos que muitas vezes impedem que os alunos dediquem-se plenamente nesses programas e pelo fato da escola funcionar com base em regras específicas e com uma linguagem particular que acaba servindo como obstáculo àqueles que não a conhecem !
Concordo com a autora, e penso que a falta de sintonia é uma das razões que mais ocasiona a evasão. Muitas vezes os jovens e adultos deixam a escola pelo fato dela não vir ao encontro de suas necessidades ! Os educadores precisam criar dinâmicas e desenvolver metodologias capazes de tornarem a aprendizagem significativa aos alunos de modo que seus interesses sejam atingidos, apesar de que, essa tarefa não é nada fácil, pois, geralmente as turmas de EJA são compostas por dois perfis de alunos, como mencionado anteriormente: adultos migrantes de zona rural e adolescentes urbanos. O primeiro grupo, bastante lento, com uma representação de escola bastante tradicional e com estratégias de resolução de problemas diferentes do outro perfil que compõe essa modalidade de ensino, adolescentes urbanos, que tiveram acesso a uma escola, mas viveram experiências de insucesso e exclusão, interessam-se meramente pela aquisição de um certificado, enxergando a escola como um lugar de passagem e não de conhecimento, enfim, perfis muito diferentes em uma única sala de aula ! Além disso, os fatores sócioeconômicos tem um grande peso, pois, geralmente os alunos da EJA são trabalhadores que estão situados nos postos de maior desgaste físico, enfrentam muitas dificuldades para chegar à escola, pois dependem dos precários serviços de transporte, dispõem de pouco tempo para a sua formação e o cansaço do seu dia-a-dia também é um limitante significativo ! Outro motivo dos altos índices de evasão e repetência nas classes de EJA é realmente o fato da escola funcionar com base em regras específicas e com uma linguagem própria ! A escola precisa se adaptar para ter condições de atender a este grupo que não é o “alvo original” da instituição, como a autora refere. Os currículos, métodos de ensino e programas devem ser adaptados aos alunos da EJA.
Enfim, para que tenhamos êxito nessa modalidade de ensino, é necessário que a escola entre em sintonia com esta clientela, que os currículos, métodos de ensino e programas sejam adaptados aos alunos da EJA, que haja flexibilidade curricular, através do aproveitamento das experiências e visões do educando, como fonte de elaboração e reelaboração de conhecimentos.