segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Breve comentário sobre a Pedagogia de Projetos de Aprendizagem !!!

A “Pedagogia de Projetos”, concebida pelo filósofo e educador americano John Dewey, muito difundida no Brasil por Miguel Arroyo, defende a idéia de que os alunos devem ser orientados à investigação. O professor deve proporcionar aos seus alunos o prazer da descoberta, através da pesquisa e do esforço. O professor não deve dar a resposta pronta, ou a solução aos problemas encontrados pelos alunos, mas orientá-los a investigar. Em todo o processo de aprendizagem, o aluno deve ser colocado no centro. “A criança tem paixão inata pela descoberta e por isso convém não lhe dar a resposta ao que não sabe, nem a solução pronta a seus problemas; é fundamental alimentar-lhe a curiosidade, motivá-la a descobrir saídas, orientá-la na investigação até conseguir o que deseja”. Desta forma, através da pedagogia de projetos de aprendizagem, podemos evitar que a imaginação do educando fique de lado, como nas metodologias tradicionais, onde a aprendizagem se torna algo passivo, verbal, teórico.
Além disso, através da pedagogia de projetos de aprendizagem, podemos restabelecer um vínculo entre a aprendizagem que acontece na escola e a vida do educando, pois os projetos que eles escolhem ou sugerem, partem, inevitavelmente, de questões relacionadas à sua vida e à sua experiência que lhes parecem importantes e sobre as quais eles se interessam em aprender mais.
Enfim, a pedagogia de projetos de aprendizagem, é uma proposta de intervenção pedagógica que dá a atividade de aprender um sentido novo, onde as necessidades de aprendizagem aparecem nas tentativas de resolver situações problemáticas.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

AS OITO IDADES DO HOMEM, segundo Erik Erikson

Outro assunto muito interessante que foi abordado durante o semestre e que merece destaque: AS OITO IDADES DO HOMEM, segundo Erik Erikson
Na concepção de Erikson, os principais estágios do ciclo da vida são:

CONFIANÇA x DESCONFIANÇA - Primeiro estágio, corresponde ao estágio oral da teoria psicanalítica clássica e, em geral, transcorre durante o primeiro ano de vida.

AUTONOMIA x DÚVIDA - Este segundo estágio, abrange o segundo e o terceiro anos de vida. Na teoria freudiana é conhecido como estágio anal. Erikson entende que neste período surge a autonomia, desenvolvida através de novas habilidades motoras e mentais da criança.

INICIATIVA x CULPA - Nesse terceiro estágio, que abrange de 4 a 5 anos de idade, a criança é praticamente, dona de seu corpo, pois pode iniciar atividades motoras de vários tipos, por conta própria. O mesmo prevalece quanto à linguagem e atividades imaginárias. Segundo, Erikson a dimensão social que surge neste estágio tem em um dos pólos a iniciativa e, no outro, a culpa.

INDÚSTRIA x INFERIORIDADE - Erikson defende a idéia de que entre os 6 e 11 anos de idade, o ser humano passa pelo quarto estágio, descritos na psicanálise clássica como fase de latência. É o tempo em que o amor da criança pelo pai ou pela mãe (do sexo oposto ao seu) e a rivalidade com o do mesmo sexo, ficam em repouso. É, também, o período em que a criança torna-se capaz de raciocínio dedutivo e de brincar e aprender por regras. Erikson, afirma que, a dimensão psicossocial que emerge durante este período, tem, num extremo, o bom senso de indústria e, no outro, o senso de inferioridade.

IDENTIDADE x CONFUSÃO DE PAPÉIS - Para Erikson, esta fase compreende o período entre os 12 aos 18 anos. É a fase onde o adolescente desenvolve uma infinidade de novos meios de entender o mundo e de pensar a respeito dele. Neste período, segundo a teoria psicanalítica tradicional, ocorre um re-despertar do problema do “romance familiar” da primeira infância e a maneira que o adolescente encontra para resolver este problema é procurar e encontrar um parceiro romântico de sua própria geração. Erikson não discorda desta teoria, porém, alerta para outros fatos que surgem neste momento da vida.

INTIMIDADE x ISOLAMENTO - O sexto estágio do ciclo vital é o início da maturidade, aproximadamente o período do namoro e começo da vida familiar. Para Erikson, a aquisição prévia de um senso de identidade pessoal e a dedicação a um trabalho produtivo, que assinalam este período, dão origem a uma nova dimensão interpessoal de intimidade, num extremo e de isolamento, no outro.

GENERATIVIDADE x ABSORÇÃO EM SI MESMO - Este sétimo estágio compreende a meia idade ou, aproximadamente, o período em que as crianças se tornam adolescentes e os pais já estão fixados no trabalho e/ou profissão. Erikson acredita que o ser humano nesta fase da vida traz consigo o potencial de uma nova dimensão, com a “generatividade” num extremo ou a “absorção em si mesmo” e a estagnação, no outro.

INTEGRIDADE x DESESPERO - O último estágio no esquema eriksoniano corresponde ao período em que os principais esforços do indivíduo aproximam-se do fim e há tempo para a reflexão - e para o desfrute dos netos, quando existem. A dimensão psicossocial que ganha destaque durante esta fase, tem a integridade num extremo e o senso de desespero, no outro.

Apesar do reconhecimento amplo e internacional da contribuição de Erikson à psiquiatria, psicologia, educação e serviço social, nem todas as suas formulações foram aceitas sem críticas.

Transformações na convivência segundo Maturana

Este interessante tema foi tratado durante o semestre na interdisciplina de Psicologia da vida adulta. Na época, não consegui escrever e postar no blog, agora, com mais tempo gostaria de comentar o seguinte :

Concordo com Maturana quando ele afirma que o conhecimento se dá no momento em que estamos interagindo no mundo, pois acredito que na medida que vamos interagindo, vamos experienciando e logo, aprendendo, tirando nossas conclusões ! Pelo fato de sermos seres autônomos não nos limitamos a receber passivamente informações vindas de fora, “vivemos no conhecimento e conhecemos no viver”.

Segundo o autor, estamos implicados em todas nossas relações: o conhecimento se dá no momento que estamos interagindo no mundo, ou seja, o observador faz surgir um mundo em sua própria ação de distinção; os seres vivos são autônomos e auto-produtores, capazes de produzir seus próprios componentes ao interagir com o meio: vivem no conhecimento e conhecem no viver; e não há descontinuidade entre o social, o humano e suas raízes biológicas.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Dimensões do PPP

Apesar de cada escola ter suas particularidades, desta forma, tendo que desenvolver seu PPP a partir de sua própria realidade, existem dimensões e princípios que devem ser levados em consideração no processo de elaboração:

Pedagógica: Diz respeito ao trabalho da escola como um todo em sua finalidade primeira e a todas as atividades desenvolvidas tanto dentro quanto fora da sala de aula.
Proposta curricular (objetivos, conteúdos, metodologias de ensino e processos de avaliação.)
Dados sobre repetência escolar, evasão e relação série/idade.
Definição de estratégias para recuperação dos alunos com baixo rendimento escolar.
Valorização dos profissionais

Administrativa: Refere-se àqueles aspectos gerais de organização da escola.
Gerenciamento do quadro de pessoal
Patrimônio
Aspectos físicos e materiais (didáticos)
Nível de organização, qualificação e atualização dos professores

Financeira: Relaciona-se às questões gerais de captação e aplicação de recursos financeiros .
Recursos financeiros disponíveis (recebidos ou obtidos pela própria escola).
Formas de aplicação das verbas

Jurídica: Retrata a legalidade das ações e a relação da escola com outras instâncias e instituições do meio no qual está inserida.
Relação que a escola estabelece com a sociedade e as várias esferas do sistema de ensino.
Autonomia da escola sem ferir os princípios de legalidade e responsabilidade, observando o disposto na Constituição Federal e na LDB em relação à educação.

Como construir o Projeto Político Pedagógico ?

Partindo-se da idéia de que cada escola é única em sua realidade, podemos dizer que não existe uma receita ou fórmula própria para a construção do PPP. Conforme as necessidades e características da escola, o seu processo de construção seguirá uma dinâmica própria. Porém, podemos compreendê-lo por três momentos interligados: diagnóstico da realidade, levantamento das concepções do coletivo da escola e programação das ações a serem desenvolvidas pelos sujeitos da escola.
1º Momento – Como é nossa escola ?
Registro de dados de identificação;
Levantamento de informações que mostrem o trabalho pedagógico;
Discussão, problematização, levantamento e compreensão de questões relacionadas à prática pedagógica – (o que fazer ? como fazer ?)
Como caracterizar o contexto social, político, econômico, cultural e lingüístico no qual a escola está inserida ?
Qual tem sido a função da escola ?
Qual tem sido a participação dos pais no cotidiano da escola ?
Que resultados a escola está mostrando para a sociedade ?
Como tem sido a relação da escola com a comunidade local ?
Que tipo de sociedade a escola tem discutido e auxiliado a construir ?

2º Momento – Que identidade a nossa escola quer construir ?
Levantar as concepções do coletivo, visando propor inovações no cotidiano;
Discutir essas concepções, definindo uma linha de ação ;
Que tipo de sociedade nossa escola quer ?
Que cidadão nossa escola deseja formar ?
Que escola pretendemos construir ?
Que tipo de relação nossa escola quer manter com a comunidade ?

3º Momento – Como executar as ações definidas pelo coletivo ?
Definir as prioridades da escola;
Definir as ações que a escola irá desenvolver;
Definir as pessoas e/ou segmentos que irão realizar essas ações.