quinta-feira, 23 de abril de 2009

Ensino Religioso
















Aulas de Ensino Religioso

Uma das atividades solicitadas na interdisciplina Desenvolvimento e Aprendizagem Sob o Enfoque da Psicologia II, foi a elaboração de um Plano de Aula. Elaborei, em conjunto com minha colega, um plano de aula cujo tema é a Páscoa. Decidimos por este assunto, pelo fato de, além de serem uma exigência do currículo escolar, são muito criticadas e saímos em defesa, pois acreditamos que as datas comemorativas podem sim levar o aluno a desenvolver sua criatividade e potencialidades múltiplas.

Após análise de nossa atividade, recebemos um comentário em nossos webfólios que questionava a respeito do possível desinteresse, por parte dos alunos, pelo fato de não terem uma formação religiosa judaica/cristã

Penso que, o ensino religioso sempre foi um tema que suscitou grandes debates e discussões. Tudo depende da maneira que as atividades são conduzidas. Deve-se levar muito em consideração, os valores que cada um traz, a vontade do aluno, sua religião e suas crenças. O Ensino Religioso é parte integrante da educação básica do cidadão e os professores precisam ter certos cuidados para não apresentarem a disciplina com caráter que esteja vinculado aos interesses de um ou outro grupo religioso.



terça-feira, 7 de abril de 2009

A aprendizagem precisa ser significativa...


Para a realização de uma tarefa da interdisciplina de Psicologia, precisei refletir sobre alguma aprendizagem que tinha construído. Então lembrei-me de um Projeto que estava trabalhando na Prefeitura, meu local de trabalho, das dificuldades que surgiram e da necessidade de aprender algo novo para a execução de tal tarefa !
Era necessário que eu realizasse cálculos e utilizasse fórmulas no software Excel. Trabalho há algum tempo com este software, porém, não sabia como executar fórmulas e realizar cálculos. Como era fundamental para a concretização de minha tarefa, precisei aprender ! Sempre foi uma vontade minha aprender a trabalhar com fórmulas e cálculos no Excel mas, devido a falta de tempo e como não havia me deparado com a necessidade de realizar tal tarefa, essa aprendizagem não era considerada uma prioridade. No dia em que passou a ser vista como tal, tentei aprender sozinha, realizando algumas simulações e experiências, com os dados que possuía, rabiscando algumas possíveis fórmulas, não atingindo o sucesso ! Frente às dificuldades, à necessidade de aprender, e de realizar a tarefa, resolvi solicitar o auxílio de uma colega de trabalho, que por sorte, dominava o assunto e me ensinou rapidamente, demonstrando como deveria realizar o processo, para isto, utilizando os dados que eu tinha, minhas planilhas, enfim, realizando uma demonstração, a partir dos dados que eu possuía, os quais precisava criar as devidas fórmulas para obter os tais resultados necessários para a execução da tabela que precisava entregar. Com as explicações, raciocinando junto com minha colega, criando as fórmulas com seu auxílio, assimilei a maneira de realizar a tarefa, criei algumas simulações, treinei com elas e percebi que aprendi a realizar a tarefa necessária para a conclusão de meu trabalho. Fiquei muito feliz, pois aprendi algo novo que além de necessitar, tinha muito interesse em aprender. Me senti muito envolvida durante o processo de aprendizagem ! Claro que me senti um pouco chateada, pois, queria aprender sozinha, tentei me desafiar, criando simulações, experimentando, não obtendo êxito. Neste caso, a aprendizagem precisou ser cooperativa, implicando a interação e a ajuda mútua de minha colega de trabalho, possibilitando a resolução de problemas que eram complexos para mim, de forma mais eficaz e elaborada ! É importante ressaltar que, esta aprendizagem foi considerada fácil e rápida, pelo fato de já possuir conhecimentos referente ao software Excel, estes me serviram de base para a nova aprendizagem, pois, os conhecimentos anteriores que um indivíduo possui sobre um assunto, podem condicionar a aprendizagem. Há conhecimentos, aprendizagens prévias, que, se não tiverem sido concretizadas, não permitem a possibilidade de se aprender. Uma nova aprendizagem só se concretiza quando o material novo se incorpora, se relaciona, com os conhecimentos e saberes que se possui.
Para mim, assim deve ser a aprendizagem ! Ela precisa ser significativa. O sujeito precisa estar intimamente envolvido ! Aprende-se melhor e mais depressa se houver interesse pelo assunto que se está a estudar. Motivado, um indivíduo se empenha no processo de aprendizagem e aprende melhor.
Acredito que se o sujeito traz consigo algum conhecimento anterior, fica mais fácil para ele assimilar o novo e qualificar ainda mais a sua “bagagem”.

Identificando Epistemologias





Penso que “Conhecimento” são os resultados de nossas aprendizagens, de nossas experiências. São dados, conceitos, habilidades, enfim, todas as informações que ficam “armazenadas” em nossa mente. O conhecimento pode ser transmitido pelo professor, através do meio ambiente, do ambiente familiar, e que assim como o professor transmite novos conhecimentos aos alunos, ele também aprende durante esse processo. O aluno traz consigo algum conhecimento, resultado de suas experiências anteriores, que estão armazenadas. Não concordo com a idéia de que o aluno é como uma “tábula rasa”. Ele traz um saber, que através de ações, experiências, diálogos, problematizações, provocações, entre outros processos irá trazer à consciência e aprimorá-los, e consequentemente, mais tarde, esses conhecimentos aprimorados, servirão de base para novos conhecimentos e assim sucessivamente.
Penso que a todo momento estamos aprendendo. Em casa, no trabalho, na escola, com o amigo, lendo um jornal. A aprendizagem pode ocorrer a qualquer momento, em qualquer lugar, desde que o objeto ou conteúdo de aprendizagem seja interessante e desperte o interesse do aprendiz ! Podemos aprender observando o outro, ouvindo o outro e até mesmo sozinhos !
Desta forma, acredito que o ensino na escola deveria ser de maneira prazerosa, envolvente. A aprendizagem precisa ser significativa. Aprendemos muito mais facilmente quando nos vemos envolvidos no objeto de estudo, quando achamos que há necessidade de aprender o que está sendo disponibilizado. O ensino deve ser ofertado nas escolas partindo das necessidades de cada indivíduo, dos seus interesses, respeitando suas limitações. É necessário que o espaço de aprendizagem seja pensado, planejado ! É necessário levar em consideração que tipo de aluno se quer, que tipo de cidadão se deseja formar. É importante perceber que o desenvolvimento do mesmo deve centrar-se no desenvolvimento de suas competências e habilidades, que ele aprenda o que lhe parece importante e/ou interessante. Sendo assim, penso que a educação não pode mais ser centrada em conteúdos disciplinares, e sim deve ser centrada no desenvolvimento de competências e habilidades. A educação precisa ser centrada na aprendizagem e não no ensino. Precisa estar centrada no aluno, e não no professor.

A importância de respeitar os valores de cada um





A importância de respeitar os valores de cada um

Na interdisciplina de Filosofia, fomos convidados à uma reflexão:


Um antropólogo francês, chega numa ilha de um arquipélago na Polinésia, com o intuito de pesquisar os hábitos dos nativos que lá habitam. Como todos sabem, cada um tem seus costumes, desta forma, para cumprir sua missão, o antropólogo toma bastante cuidado para não julgar o modo como estes nativos vivem, porque tal avaliação sempre seria parcial, levando em consideração que toda avaliação está condicionada pela cultura do avaliador.
Porém, o antropólogo é surpreendido pelos nativos uma vez que estes tem uma crença de que “os mensageiros dos deuses são homens de pele branca, seres que expressam a vontade absoluta dos deuses – tudo o que disserem deverá ser obedecido.” Ao ser questionado pelos nativos, se ele é um desses mensageiros, uma vez que sua pele é branca, para não influenciar nos costumes dos mesmos, ele confirma ser um mensageiro, porém em seguida surge uma pergunta ainda mais difícil: “todos os homens brancos são mensageiros dos deuses, ou as nossas crenças estão erradas?” Surpreendido novamente, o antropólogo reflete: se responder positivamente estará deixando os nativos vulneráveis aos seus conterrâneos inescrupulosos que fatalmente descobrirão a ilha. Mesmo assim, responde de acordo com a cultura dos nativos: “sim, todos os homens brancos são mensageiros dos deuses”.
Refletindo um pouco sobre esta pequena história, o antropólogo não poderia contestá-los pois, além, de ser muito difícil juntar argumentos suficientes para fazê-los acreditarem nele, isso também geraria um profundo conflito, colocando em dúvida todas as crenças, cultura, valores daquele povo, bem como estaria interferindo na cultura e no modo de viver daquele povo, traindo seu objetivo inicial, que era apenas pesquisar os hábitos daquele povo.
Trazendo essa história para o nosso dia a dia, se pararmos para “perceber”, as crenças existentes no mundo, como elas diferem das nossas ! A vida que os indianos levam, por exemplo, tão divulgada na novela da Globo: castas, Brahma, Shiva, Vishnu, casamentos arranjados, enfim...que direito temos de julgar o que é certo ou errado ? Quem nos garante que nós é que estamos certos ?