sexta-feira, 5 de junho de 2009

Autismo

O termo autismo vem do grego “autós” que significa “de si mesmo”.
Em 1906, Plouller introduziu o termo autista na literatura psiquiátrica, mas foi Bleuler, em 1911, o primeiro a difundir o termo autismo para referir-se ao quadro de esquizofrenia, que consiste na limitação das relações humanas e com o mundo externo. Em 1943, o psiquiatra americano Leo Kanner, que trabalhava em Baltimore, nos Estados Unidos, descreveu um grupo de onze casos clínicos de crianças em sua publicação intitulada “Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo”. As crianças investigadas por Kanner apresentavam inabilidade para se relacionarem com outras pessoas e situações desde o início da vida (extremo isolamento), falha no uso da linguagem para comunicação e desejo obsessivo ansioso para a manutenção da mesmice.
O Autismo é um transtorno do desenvolvimento e quem o possui apresenta, em muitos quadros, quociente de inteligência abaixo da média. Os sintomas variam amplamente e manifestam-se de diversas formas, variando do mais leve ao mais alto comprometimento: na diminuição no uso de comportamentos não-verbais como contato ocular, expressão facial, postura corporal e gestos para interagir socialmente; através da dificuldade em desenvolver relações de companheirismo; no atraso ou ausência total de desenvolvimento da linguagem oral, sem ocorrência de tentativas ou modos alternativos de comunicação, como gestos ou mímicas; através de padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e atividades, manifestados por obsessão por atitudes ou objetos específicos; na fidelidade aparentemente inflexível a rotinas ou rituais; em hábitos motores repetitivos, dentre outras manifestações.
A identificação deste transtorno é um processo demorado e que muitas vezes passa por uma série de diagnósticos errôneos, pelo fato de ser confundido com outras síndromes ou com outros transtornos globais do desenvolvimento, pelo fato de não ser diagnosticado através de exames laboratoriais ou de imagem, por não haver marcador biológico que o caracterize, nem necessariamente aspectos sindrômicos morfológicos específicos.

Um comentário:

Melissa disse...

Ótimas colocações Ana.
Acredito que seria interessante refletir (argumentar) como este conhecimento sobre autismo pode contribuir para sua prática pedagógica. Já teve aluno autista? E se, no futuro, tiver um aluno autista, a interdisciplina consguiu auxiliá-la na elaboração de uma estratégia de trabalho? Se sim, qual?
Beijos
Melissa