quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Marcas

Que marcas da sua prática pedagógica você gostaria de deixar nos seus alunos? Eis ai, uma pergunta que todos os educadores deveriam fazer durante aqueles momentos de auto avaliação, pois, as relações de ensino-aprendizagem no contexto escolar deixam marcas em nossas vidas e fazem parte da constituição dos indivíduos !
Segundo Miguel Arroyo, “as lembranças dos mestres que tivemos, podem ter sido nosso primeiro aprendizado como professores. (...) Repetimos traços de nossos mestres que, por sua vez, já repetiam traços de outros mestres. Esta especificidade do processo de nossa socialização profissional nos leva a pensar em algumas marcas que carregamos. São marcas permanentes e novas, ou marcas permanentes que se renovam, que se repetem, se atualizam ou superam”.
Concordo com ele ! Penso que muitos educadores deixaram suas marcas em mim ! Educadores das séries iniciais, do ensino médio, do ensino superior, educadores do magistério, e se alguns deles imaginassem o poder que tinham ... Quando era criança, lembro-me que brincava muito de escolinha, adorava imitar meus professores e ficava pensando que se fosse professora, com qual deles pareceria. Na verdade nunca sonhei em ser professora, brincava na época, mas não imaginava que quando ficasse adulta seria uma, mas, eis que aqui estou, praticamente concluindo o curso de Pedagogia e com uma boa e variada experiência em escolas ! Mas....como me vejo ? Com qual daquelas e daqueles mestres que marcaram tanto minha vida me pareço ? Que marcas eu, professora Ana quero deixar em meus alunos ? Respondendo a esta questão, tão pertinente, gostaria que minhas práticas pedagógicas marcassem meus alunos de maneira que ficassem seguros, que nunca desempenhassem o papel de meros expectadores, que possuíssem muita segurança, que a curiosidade estivesse sempre presente neles e que também soubessem lidar com as dificuldades, com os erros e com os desafios e que acima de tudo, lidassem bem com a diversidade e respeitassem o outro e a sua opinião.
Referências: Miguel Arroyo, Ofício de Mestre, 2002, p. 124

Um comentário:

Melissa disse...

Ótima postagem. Seu texto apresenta evidências e é amplamente argumentado.
Beijos
Melissa