Através da análise do texto “Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola (KLEIMAN, 2006)”, faço uma reflexão a partir de uma afirmação da autora referente ao papel da escola em não se preocupar com o letramento social, e sim, apenas com o letramento escolar.
Kleiman afirma que a escola não se preocupa com o letramento social e sim apenas com o letramento escolar, porque na escola predomina o modelo autônomo de letramento, modelo de letramento considerado equivocado por muitos pesquisadores, uma vez que essa concepção pressupõe que há apenas uma maneira de o letramento ser desenvolvido. Aprendemos o uso da leitura e escrita de forma sistematizada. A escola tende a considerar as atividades de leitura e escrita como universais, neutras, independentes dos determinantes culturais. A escola preocupa-se apenas com um tipo de prática de letramento, o processo de aquisição de códigos, a alfabetização, enquanto que outras agências de letramento, como a igreja, a família, mostram orientações de letramento muito diferentes. Na verdade este é apenas um tipo de prática, infelizmente dominante, que desenvolve alguns tipos de habilidades mas não outros, e que determina uma forma de utilizar o conhecimento sobre a escrita. Contrapondo a este modelo de letramento, existe o modelo ideológico, que defende a idéia de que as práticas de letramento são social e culturalmente determinadas e que os significados que a escrita assume para um grupo social dependem dos contextos e instituições em que ela foi adquirida.
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Um comentário:
Olá, Ana Cristina:
Trazes reflexões preciosas na tua postagem. Com relação ao extrato do texto Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola (KLEIMAN, 2006), “outras agências de letramento, como a igreja, a família, mostram orientações de letramento muito diferentes”. Que orientações seriam essas? Quais as evidências que poderiam dar conta dessa afirmação?
Abraço.
Celi
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