sábado, 4 de dezembro de 2010

Alfabetização e métodos II

Antes do curso, assim como a Educação de Jovens e Adultos, a alfabetização também me assustava muito.
Após as reflexões realizadas através das atividades oportunizadas pelas interdisciplinas e pelas experiências vivenciadas, tanto em uma classe de alfabetização de crianças em 2006, como na classe de alfabetização de EJA, na qual foi realizado o estágio em 2010, sinto-me muito mais segura em relação ao assunto e preparada para esses desafios.
Falando em alfabetização, independente da faixa etária, na tentativa de escrever dos alunos, o que precisa prevalecer é a construção de uma mensagem escrita com clara intenção comunicativa, e não a construção de palavras, frases ou fragmentos de escrita, baseados em sons e sílabas que se unem de maneira mecânica e sem sentido. A interação dos alunos com textos reais e contextualizados facilita a sua compreensão por conter expressões presentes em seu cotidiano, com conteúdo significativo e que, por isso, cumpre alguma função social. Nessa perspectiva, é importante oferecer aos alunos textos significativos, que façam parte da sua realidade, que acolham suas necessidades, que sejam de seu interesse. Textos que façam parte da cultura popular, do folclore regional e nacional, parlendas e provérbios, por exemplo, pelo fato de serem conhecidos pelos alunos, são excelentes materiais que, além de oportunizarem ricas discussões, enriquecem o espaço da sala de aula.
O processo de alfabetização não se resume à aprendizagem de como juntar letras para formar palavras, para alfabetizar de fato, e com o objetivo dos alunos tornem-se leitores autônomos e com a capacidade de se comunicarem por escrito de maneira eficiente, é preciso introduzi-los no universo da escrita, mostrando-lhes vários tipos de textos existentes.
Em relação ao métodos de alfabetização, diversos são os defendidos e divulgados por muitos pensadores, estudados durante o magistério e graduação em Pedagogia. Nem sempre eles respondem as questões cruciais da prática. Segundo Trindade, “não há como alfabetizar sem o uso de múltiplos métodos que contemplem os processos de ensino e aprendizagem, isto é, de aquisição (codificação e decodificação) e usos da língua escrita.”
Segundo Carvalho (2009, p. 18), “Durante décadas discutiu-se que métodos seriam mais eficientes.” E que “Muitos desses métodos foram experimentados, em diferentes contextos, com resultados diversos.”
Conforme Carvalho (2009), alguns pontos devem ser observados na escolha do método a ser utilizado. Em primeiro lugar, é necessário ter claro qual é a concepção de leitura e de leitor que sustenta o método. Outro ponto a ser observado é em relação aos objetivos de alfabetizar e letrar. A preocupação em ensinar o código alfabético deve estar tão presente quanto o objetivo de desenvolver a compreensão da leitura. A motivação para que os aprendizes gostem de ler deve estar sempre presente. As etapas ou procedimentos de aplicação devem ser coerentes com os fundamentos do método. O material didático deve ser acessível, simples e de baixo custo. E a fundamentação teórica do método deve ser conhecida e fazer sentido, além de haverem evidências de que o método escolhido tenha sido experimentado com êxito em um número significativo de turmas. Conforme Carvalho (2009), há grandes possibilidades do método proporcionar bons resultados, caso apresente as questões acima elencadas.


Reflexão realizada a partir da leitura da postagem abaixo:

http://peadportfolio156703.blogspot.com/2009/10/alfabetizacao-e-metodos.html

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