sábado, 4 de dezembro de 2010

Educação de Jovens e Adultos

Ao rever minhas postagens antigas para a realização de novas reflexões, gostei muito de ter revisitado esta (link abaixo) :

http://peadportfolio156703.blogspot.com/2008/09/difcil-tarefa-de-trabalhar-na-educao-de.html

Essa postagem me fez perceber realmente meu crescimento profissional e pessoal, pois, no início do curso, a Educação de Jovens e Adultos era algo impossível para mim, não que pensasse que a modalidade de ensino não trouxesse resultados positivos, bem pelo contrário, mas pelo fato de não me sentir preparada para exercer este desafio, pensamento bem diferente de como sinto atualmente.
Após toda trajetória percorrida durante o curso e principalmente após a realização do estágio, que foi realizado em uma classe de alfabetização de adultos e da posterior realização do Trabalho de Conclusão de Curso cujo assunto foi EJA, é impossível não perceber meu crescimento !
Atualmente a EJA não me constrange, não é mais uma modalidade que me assusta, bem pelo contrário, após esse longo percurso, sinto-me tão preparada que não me imagino trabalhando com outra modalidade de ensino. Me realizei no estágio ! Além disso, a experiência adquirida me motivou de tal forma que quero aprofundar o assunto, estudar mais sobre a EJA !
Gostaria de mencionar alguns pontos que refleti durante este período:
O educador que atua em classes de educação de jovens e adultos, deve ter o cuidado de não somar novos elementos de exclusão, garantindo condições de permanência dos jovens e adultos na escola. Tanto escola como educadores, devem procurar diminuir a distância entre o que esperam os alunos e o que a escola lhes oferece. Além disso, a conscientização por parte dos educadores, que adultos analfabetos não são crianças, também é um elemento fundamental no processo de educação de jovens e adultos. É necessário que os métodos de ensino aplicados sejam próprios, adequados para atender a estes estudantes.
Considerando que as aprendizagens acontecem em função das necessidades e das vontades dos indivíduos no meio social em que estão inseridos e que quando a aprendizagem não tem sentido, o sujeito demora a internalizá-la, os educadores precisam ter muito cuidado na escolha do assunto a ser trabalhado, tendo em vista que esse deve trazer a intencionalidade de instigar os educandos a uma análise crítica de suas realidades para atuarem sobre elas.
Outro cuidado que os educadores que atuam nas classes de EJA precisam ter, é em relação a baixa auto-estima, característica muito freqüente encontrada nos alunos freqüentadores desta modalidade de ensino. Devido as situações de fracasso escolar vivenciadas pelos estudantes em suas passagens anteriores pela escola, eles retornam às salas de aula revelando uma auto imagem muito fragilizada, nestes casos, o papel do educador é determinante para evitar situações de novo fracasso escolar. É necessário que ele encontre maneiras de diminuir essa fragilidade e insegurança e uma forma, é através da valorização dos saberes que os alunos trazem, resgatando a sua auto imagem positiva, possibilitando a abertura de um canal de aprendizagem, com maiores garantias de êxito.

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