A teoria de Dewey representa os ideais liberais.
Segundo sua pedagogia, o processo de ensino aprendizagem estaria baseado em:
* Tanto aluno como professor são detentores de experiências que devem ser aproveitadas no processo;
* A aprendizagem deve ser coletiva;
* O saber é constituído por conhecimentos e vivências que devem se entrelaçar de forma dinâmica;
Para ele, a escola é um instrumento ideal para a função democratizadora de igualar as oportunidades a todos.
Dewey defende a idéia de que o educador precisa descobrir os interesses dos alunos.
Por acreditar que a divisão de tarefas estimula a cooperação e a consequente criação de um espírito social, ele atribuía grande valor às atividades manuais.
Para ele, o fim da educação não é formar a criança de acordo com modelos, mas dar-lhe condições para que resolva por si própria os seus problemas.
Dewey dizia que a educação não é a preparação para a vida, porque ela é a própria vida !
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2009/01/breve-comentrio-sobre-pedagogia-de.html
domingo, 5 de dezembro de 2010
Gestão Escolar / Democracia
Com as sábias palavras de Raul Seixas, inicio esta reflexão, baseada na reflexão do link abaixo, cujo tema é Gestão Democrática na Escola !
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2008/09/gesto-democrtica-gesto-democrtica-uma.html
"Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade !" Raul Seixas
A escola tem um papel fundamental na construção da cidadania, no desenvolvimento pessoal, na promoção social. A função da escola ultrapassa a troca de conhecimentos.
Desta forma, a escola não pode estar isolada, ela deve ter uma relação forte, precisa estar articulada com a comunidade a qual está inserida, precisa estar em ligação permanente com o seu entorno.
Sendo assim, a escola precisa privilegiar o exercício da democracia. É necessário que ela possua mecanismos democráticos de participação, onde podem ser tomadas decisões coletivas. Caso contrário, além de afastar a comunidade do entorno, a escola não estará cumprindo a sua função social e estará pregando uma coisa e realizando outra.
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2008/09/gesto-democrtica-gesto-democrtica-uma.html
"Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade !" Raul Seixas
A escola tem um papel fundamental na construção da cidadania, no desenvolvimento pessoal, na promoção social. A função da escola ultrapassa a troca de conhecimentos.
Desta forma, a escola não pode estar isolada, ela deve ter uma relação forte, precisa estar articulada com a comunidade a qual está inserida, precisa estar em ligação permanente com o seu entorno.
Sendo assim, a escola precisa privilegiar o exercício da democracia. É necessário que ela possua mecanismos democráticos de participação, onde podem ser tomadas decisões coletivas. Caso contrário, além de afastar a comunidade do entorno, a escola não estará cumprindo a sua função social e estará pregando uma coisa e realizando outra.
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Ciências e Estudos Sociais como eixos articuladores
Planejar e executar com os alunos um Projeto de Aprendizagem utilizando como eixo integrador uma temática de estudos sociais ou ciências, é uma ótima maneira para poder integrar os demais componentes curriculares.
Além da aprendizagem ser mais significativa, tendo em vista que estaremos realizando uma leitura do meio, estaremos envolvendo os sujeitos e a aprendizagem não será de forma fragmentada.
Tanto assuntos trabalhados na disciplina de estudos sociais como ciências, pelo fato de fazerem parte da cultura, da vida, do mundo dos indivíduos, oportunizarão fontes riquíssimas de diálogos entre professor e alunos.
O planejamento pedagógico que considera eixos temáticos que partem da escuta da realidade, propondo conteúdos e atividades de caráter reflexivo, no caso da alfabetização, por exemplo, estará permeado pela realidade da turma, e como afirma Paulo Freire, é uma ação cultural que tem a leitura do mundo como ponto de partida para a leitura da palavra.
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2008/04/curiosidade-humana-e-leitura-do-meio.html
Além da aprendizagem ser mais significativa, tendo em vista que estaremos realizando uma leitura do meio, estaremos envolvendo os sujeitos e a aprendizagem não será de forma fragmentada.
Tanto assuntos trabalhados na disciplina de estudos sociais como ciências, pelo fato de fazerem parte da cultura, da vida, do mundo dos indivíduos, oportunizarão fontes riquíssimas de diálogos entre professor e alunos.
O planejamento pedagógico que considera eixos temáticos que partem da escuta da realidade, propondo conteúdos e atividades de caráter reflexivo, no caso da alfabetização, por exemplo, estará permeado pela realidade da turma, e como afirma Paulo Freire, é uma ação cultural que tem a leitura do mundo como ponto de partida para a leitura da palavra.
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sábado, 4 de dezembro de 2010
Teatro
Trabalhar com a arte da representação é muito interessante, pois o teatro desempenha um papel educativo, é uma excelente ferramenta pedagógica. O Teatro à serviço da educação, dá ao educando o ensejo de valorizar-se, de integrar-se harmoniosamente a um grupo.
São incontáveis as vantagens de se trabalhar o teatro em sala de aula, pois esta ferramenta:
Desenvolve o vocabulário, a oralidade, a expressão corporal, o improviso, a impostação de voz. Desenvolve a redação, bem como incentiva a leitura, a pesquisa, proporciona o contato com obras clássicas, reportagens, fábulas, contos, entre outros textos. Oportuniza a interdisciplinaridade. Estimula a imaginação. Oportuniza o desenvolvimento de outras habilidades, através da confecção do cenário e figurino.
Além disso, essa ferramenta não exige altos custos, basta que professor e alunos sejam criativos.
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2007/10/teatro.html
São incontáveis as vantagens de se trabalhar o teatro em sala de aula, pois esta ferramenta:
Desenvolve o vocabulário, a oralidade, a expressão corporal, o improviso, a impostação de voz. Desenvolve a redação, bem como incentiva a leitura, a pesquisa, proporciona o contato com obras clássicas, reportagens, fábulas, contos, entre outros textos. Oportuniza a interdisciplinaridade. Estimula a imaginação. Oportuniza o desenvolvimento de outras habilidades, através da confecção do cenário e figurino.
Além disso, essa ferramenta não exige altos custos, basta que professor e alunos sejam criativos.
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Estudos Sociais - Diversidade Cultural
A reflexão abaixo é fruto da releitura da postagem do link abaixo:
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2008/06/estudos-sociais.html
A diversidade das origens é algo muito presente nas classes de Educação de Jovens e Adultos.
Desta forma, o conjunto cultural é muito rico e poderá servir de base onde a construção de conhecimentos vai se dar, pois, a vida, as histórias, a História social dos alunos, são assuntos fundamentais que devem ser trabalhados, uma vez que são imprescindíveis para que os alunos aprendam a viver socialmente e a se tornarem sujeitos autônomos, capazes de compreenderem a sociedade em geral, de mover-se nela e agir conscientemente para a sua transformação !
Além disso, os assuntos escolhidos podem servir de eixo integrador, possibilitando a integração dos demais componentes curriculares, tornando a aprendizagem significativa, não fragmentada, envolvendo os sujeitos, promovendo a "leitura do meio".
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2008/06/estudos-sociais.html
A diversidade das origens é algo muito presente nas classes de Educação de Jovens e Adultos.
Desta forma, o conjunto cultural é muito rico e poderá servir de base onde a construção de conhecimentos vai se dar, pois, a vida, as histórias, a História social dos alunos, são assuntos fundamentais que devem ser trabalhados, uma vez que são imprescindíveis para que os alunos aprendam a viver socialmente e a se tornarem sujeitos autônomos, capazes de compreenderem a sociedade em geral, de mover-se nela e agir conscientemente para a sua transformação !
Além disso, os assuntos escolhidos podem servir de eixo integrador, possibilitando a integração dos demais componentes curriculares, tornando a aprendizagem significativa, não fragmentada, envolvendo os sujeitos, promovendo a "leitura do meio".
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Epistemologia Genética
Visitando as interdisciplinas do eixo 6, reencontrei um texto sobre Epistemologia Genética, de Jean Piaget.
Emilia Ferreiro, promoveu a continuidade do trabalho de Jean Piaget, sobre a epistemologia genética. Para ela, a construção do conhecimento da leitura e escrita tem uma lógica individual, sendo que até o indivíduo se apossar do código lingüístico e dominá-lo ele passa por um processo de avanços e recuos. De acordo com as idéias da teoria exposta em Psicogênese da Língua escrita, toda criança passa por quatro fases até que esteja alfabetizada. Os adultos também passam por essas hipóteses de escrita, ou níveis são eles:
Nível pré-silábico: Neste nível a criança ou o adulto não descobriu ainda o que a escrita representa, não estabelece relação entre fala e escrita. Como conhece algumas letras, principalmente as do seu nome, tenta juntar aleatoriamente essas letras, se solicitado a escrever do seu jeito alguma palavra. Quando criança, o sujeito utiliza diferentes formas de representação (garatujas, desenhos, números) para escrever. Há uma grande variação de caracteres. Pode acontecer que o tamanho maior ou menor do objeto corresponda ao tamanho maior ou menor da palavra. Exemplo: ao escrever a palavra BOI, pensa no tamanho do animal, por isso, escreve a palavra com muitas letras, se for escrever a palavra formiguinha, colocará poucas letras na sua escrita.
Nível silábico: Chega à hipótese de que a escrita representa a fala. Neste nível a criança ou o adulto relaciona grafia e sons, de maneira que representa cada sílaba (som) por meio de uma letra. No nível silábico primitivo, ela representa a sílaba com qualquer letra, é aleatório. Quando alcança o nível silábico evoluído, ela passa a representar a sílaba com a vogal ou a consoante que aparece na sílaba. Por exemplo: a palavra boneca poderá ser escrita como BNC ou OEA. Isso ocorre porque o indivíduo passa a representar partes sonoras estáveis das sílabas. O aluno tenta corresponder um fonema a cada grafema (som da fala a cada letra escrita). A utilização dos símbolos gráficos é aleatória e nem sempre a representação dos fonemas corresponde a escrita convencional. Para o sujeito passar deste nível para o próximo, é imprescindível que ele descubra a construção da sílaba. Isso será possibilitado através de jogos, manuseio com alfabeto móvel. Ao colocar uma consoante e ao seu lado as vogais, o sujeito descobrirá a família silábica e transporá este conhecimento para as demais consoantes.
Nível silábico-alfabético: é um estágio entre a correspondência silábica e a alfabética. A escolha das letras pode seguir um critério fonético ou ortográfico. Nesta fase o indivíduo evolui para uma representação mais completa dos sons das palavras. É comum neste nível que na representação gráfica faltem algumas letras, o que leva alguns profissionais a confundirem nível de evolução da escrita com dificuldade de aprendizagem. A escrita pode representar algumas sílabas com características do nível silábico e outras, do nível alfabético. A palavra boneca, por exemplo, pode ser escrita como: BNCAOE ou BNEC ou BONCA.
Nível alfabético: Ao chegar neste nível, pode-se considerar que o aluno atingiu a compreensão do sistema de representação da linguagem escrita, compreendendo que a sílaba pode ser desmembrada em letras e que é necessária a análise fonética das palavras para escrevê-la. O sujeito consegue compreender que uma sílaba pode ser formada por uma, duas ou três letras. No entanto pode escrever sem demonstrar o uso correto da grafia. Neste nível o indivíduo faz a correspondência da grafia com fonemas (unidades sonoras da língua) que favorece a diferenciação das palavras pelos sons (fonemas) e sinais gráficos da língua (grafemas). Portanto, ele é capaz de fazer a correspondência entre elementos sonoros e a grafia. Nesta fase o aluno ainda não é ortográfico, ou seja, ele ainda não escreve conforme os padrões da norma culta, seguindo as regras ortográficas. A ortografia é adquirida com a prática da leitura e escrita. Esse nível consiste ainda em uma escrita bastante fonética, pois a tendência do sujeito é escrever exatamente o que ouve, por exemplo: FOLIA (folha), CRIÃOÇAS (crianças).
As contribuições de Ferreiro foram fundamentais para a prática durante o período de estágio, pois foi possível compreender o que estava acontecendo com cada alfabetizando, em que nível o mesmo se encontrava e, ao mesmo tempo em que era diagnosticado o nível de escrita, era possível intervir melhor nesse processo, pois existem mediações do professor, atividades que para um aluno pré-silábico, às vezes são significativas mas para um aluno silábico ou alfabético, já não são. Diagnosticar o nível em que se encontra cada aluno, é condição indispensável para o sucesso do processo de alfabetização, pois, ao identificar a etapa em que se encontra o aluno, o educador tem condições de selecionar estratégias e metodologias eficientes e adequadas para cada nível. Considerar as hipóteses que os alunos elaboram sobre o processo da escrita auxilia muito. Saber como esse aluno vem construindo o seu processo de aprendizagem, no tocante à alfabetização, nos aponta caminhos para que possamos intervir de forma mais significativa.
Emilia Ferreiro, promoveu a continuidade do trabalho de Jean Piaget, sobre a epistemologia genética. Para ela, a construção do conhecimento da leitura e escrita tem uma lógica individual, sendo que até o indivíduo se apossar do código lingüístico e dominá-lo ele passa por um processo de avanços e recuos. De acordo com as idéias da teoria exposta em Psicogênese da Língua escrita, toda criança passa por quatro fases até que esteja alfabetizada. Os adultos também passam por essas hipóteses de escrita, ou níveis são eles:
Nível pré-silábico: Neste nível a criança ou o adulto não descobriu ainda o que a escrita representa, não estabelece relação entre fala e escrita. Como conhece algumas letras, principalmente as do seu nome, tenta juntar aleatoriamente essas letras, se solicitado a escrever do seu jeito alguma palavra. Quando criança, o sujeito utiliza diferentes formas de representação (garatujas, desenhos, números) para escrever. Há uma grande variação de caracteres. Pode acontecer que o tamanho maior ou menor do objeto corresponda ao tamanho maior ou menor da palavra. Exemplo: ao escrever a palavra BOI, pensa no tamanho do animal, por isso, escreve a palavra com muitas letras, se for escrever a palavra formiguinha, colocará poucas letras na sua escrita.
Nível silábico: Chega à hipótese de que a escrita representa a fala. Neste nível a criança ou o adulto relaciona grafia e sons, de maneira que representa cada sílaba (som) por meio de uma letra. No nível silábico primitivo, ela representa a sílaba com qualquer letra, é aleatório. Quando alcança o nível silábico evoluído, ela passa a representar a sílaba com a vogal ou a consoante que aparece na sílaba. Por exemplo: a palavra boneca poderá ser escrita como BNC ou OEA. Isso ocorre porque o indivíduo passa a representar partes sonoras estáveis das sílabas. O aluno tenta corresponder um fonema a cada grafema (som da fala a cada letra escrita). A utilização dos símbolos gráficos é aleatória e nem sempre a representação dos fonemas corresponde a escrita convencional. Para o sujeito passar deste nível para o próximo, é imprescindível que ele descubra a construção da sílaba. Isso será possibilitado através de jogos, manuseio com alfabeto móvel. Ao colocar uma consoante e ao seu lado as vogais, o sujeito descobrirá a família silábica e transporá este conhecimento para as demais consoantes.
Nível silábico-alfabético: é um estágio entre a correspondência silábica e a alfabética. A escolha das letras pode seguir um critério fonético ou ortográfico. Nesta fase o indivíduo evolui para uma representação mais completa dos sons das palavras. É comum neste nível que na representação gráfica faltem algumas letras, o que leva alguns profissionais a confundirem nível de evolução da escrita com dificuldade de aprendizagem. A escrita pode representar algumas sílabas com características do nível silábico e outras, do nível alfabético. A palavra boneca, por exemplo, pode ser escrita como: BNCAOE ou BNEC ou BONCA.
Nível alfabético: Ao chegar neste nível, pode-se considerar que o aluno atingiu a compreensão do sistema de representação da linguagem escrita, compreendendo que a sílaba pode ser desmembrada em letras e que é necessária a análise fonética das palavras para escrevê-la. O sujeito consegue compreender que uma sílaba pode ser formada por uma, duas ou três letras. No entanto pode escrever sem demonstrar o uso correto da grafia. Neste nível o indivíduo faz a correspondência da grafia com fonemas (unidades sonoras da língua) que favorece a diferenciação das palavras pelos sons (fonemas) e sinais gráficos da língua (grafemas). Portanto, ele é capaz de fazer a correspondência entre elementos sonoros e a grafia. Nesta fase o aluno ainda não é ortográfico, ou seja, ele ainda não escreve conforme os padrões da norma culta, seguindo as regras ortográficas. A ortografia é adquirida com a prática da leitura e escrita. Esse nível consiste ainda em uma escrita bastante fonética, pois a tendência do sujeito é escrever exatamente o que ouve, por exemplo: FOLIA (folha), CRIÃOÇAS (crianças).
As contribuições de Ferreiro foram fundamentais para a prática durante o período de estágio, pois foi possível compreender o que estava acontecendo com cada alfabetizando, em que nível o mesmo se encontrava e, ao mesmo tempo em que era diagnosticado o nível de escrita, era possível intervir melhor nesse processo, pois existem mediações do professor, atividades que para um aluno pré-silábico, às vezes são significativas mas para um aluno silábico ou alfabético, já não são. Diagnosticar o nível em que se encontra cada aluno, é condição indispensável para o sucesso do processo de alfabetização, pois, ao identificar a etapa em que se encontra o aluno, o educador tem condições de selecionar estratégias e metodologias eficientes e adequadas para cada nível. Considerar as hipóteses que os alunos elaboram sobre o processo da escrita auxilia muito. Saber como esse aluno vem construindo o seu processo de aprendizagem, no tocante à alfabetização, nos aponta caminhos para que possamos intervir de forma mais significativa.
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Matemática na EJA
Sempre gostei muito da disciplina de matemática e de realizar atividades de matemática com meus alunos, porém, durante o período de estágio percebi muita resistência dos alunos.
Eles não demonstravam interesse pela matemática, o único objetivo dos mesmos era em relação a leitura e escrita.
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2008/06/problemas-matemticos.html
A partir da experiência oportunizada pelo estágio, reafirmei o meu pensamento a respeito da matemática. A matemática deve ser introduzida na EJA através da demonstração da importância da mesma, o quanto ela é útil para a sociedade moderna, trabalhando com dados informativos, através da interpretação e a análise de situações cotidianas.
A matemática contribui de modo significativo e insubstituível, auxiliando as pessoas a tornarem-se sujeitos independentes, críticos e confiantes. Todos os indivíduos devem desenvolver a sua capacidade de usar a matemática para analisar e resolver situações problemáticas, para raciocinar e comunicar.
É necessário incorporar à educação matemática os conhecimentos e procedimentos construídos e adquiridos nas leituras que esses jovens e adultos fazem do mundo e de sua própria ação nele.
Eles não demonstravam interesse pela matemática, o único objetivo dos mesmos era em relação a leitura e escrita.
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A partir da experiência oportunizada pelo estágio, reafirmei o meu pensamento a respeito da matemática. A matemática deve ser introduzida na EJA através da demonstração da importância da mesma, o quanto ela é útil para a sociedade moderna, trabalhando com dados informativos, através da interpretação e a análise de situações cotidianas.
A matemática contribui de modo significativo e insubstituível, auxiliando as pessoas a tornarem-se sujeitos independentes, críticos e confiantes. Todos os indivíduos devem desenvolver a sua capacidade de usar a matemática para analisar e resolver situações problemáticas, para raciocinar e comunicar.
É necessário incorporar à educação matemática os conhecimentos e procedimentos construídos e adquiridos nas leituras que esses jovens e adultos fazem do mundo e de sua própria ação nele.
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Alfabetização e Letramento
A seguinte postagem é fruto da reflexão oriunda da postagem do link abaixo:
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2009/09/letramento-social-e-escola.html
Entender a relação entre alfabetização e letramento é fundamental para que possamos construir práticas efetivas de ensino de leitura e escrita em qualquer classe de alfabetização.
O termo alfabetização existe a séculos em nosso vocabulário, porém, desde que a palavra letramento surgiu, a partir da segunda metade dos anos de 1980, esses termos tem se mesclado e confundido as pessoas. Na realidade, essas duas palavras possuem significados distintos.
A grande diferença entre alfabetização e letramento, entre alfabetizado e letrado é que um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado, alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; já o indivíduo letrado, o indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que usa socialmente a leitura e escrita, mas que pratica a leitura e escrita, que responde adequadamente às demandas sociais de leitura e escrita.
Apesar dos significados serem distintos (alfabetização e letramento), as ações devem ser inseparáveis e simultâneas, pois, a partir do momento em que o indivíduo aprende a ler e a escrever e passa a exercer as práticas sociais que usam a escrita, passa a envolver-se em práticas de leitura e de escrita, torna-se uma pessoa diferente, passa a ter uma forma de pensar diferente, adquire uma outra condição, modifica seu modo de viver em sociedade.
O ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o individuo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado.
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2009/09/letramento-social-e-escola.html
Entender a relação entre alfabetização e letramento é fundamental para que possamos construir práticas efetivas de ensino de leitura e escrita em qualquer classe de alfabetização.
O termo alfabetização existe a séculos em nosso vocabulário, porém, desde que a palavra letramento surgiu, a partir da segunda metade dos anos de 1980, esses termos tem se mesclado e confundido as pessoas. Na realidade, essas duas palavras possuem significados distintos.
A grande diferença entre alfabetização e letramento, entre alfabetizado e letrado é que um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado, alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; já o indivíduo letrado, o indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que usa socialmente a leitura e escrita, mas que pratica a leitura e escrita, que responde adequadamente às demandas sociais de leitura e escrita.
Apesar dos significados serem distintos (alfabetização e letramento), as ações devem ser inseparáveis e simultâneas, pois, a partir do momento em que o indivíduo aprende a ler e a escrever e passa a exercer as práticas sociais que usam a escrita, passa a envolver-se em práticas de leitura e de escrita, torna-se uma pessoa diferente, passa a ter uma forma de pensar diferente, adquire uma outra condição, modifica seu modo de viver em sociedade.
O ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o individuo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado.
Trabalhando com Projetos de Aprendizagem
Ao reler a postagem do link abaixo, me lembrei do desafio que foi trabalhar com projetos de aprendizagem durante o período de estágio.
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2008/12/projeto-de-aprendizagem.html
Durante o estágio, realizado em uma classe de alfabetização de jovens e adultos, procurei desenvolver a metodologia de Projetos de Aprendizagem. Foi uma experiência complicada, apesar de ter me proporcionado grande crescimento profissional.
Os alunos de minha turma, apresentavam uma representação de escola bastante tradicional, pois, esperam que as aulas fossem apenas expositivas e acreditam que eu era a única detentora do saber e que eu deveria transmitir todo o meu conhecimento enquanto que eles apenas deveriam agir como elementos passivos, apenas recebendo e assimilando o que era transmitido. Desta forma, foi muito difícil introduzir a metodologia de Projetos de Aprendizagem, pois, esta metodologia requer muito diálogo entre alunos e professor.
Num primeiro momento, é necessário que o educador investigue um ponto de partida, construído sobre o conhecimento prévio dos envolvidos, para a definição do tema a ser trabalhado. Desta forma, trazendo a cultura do aluno para dentro da sala de aula, estaremos valorizando o conhecimento dos mesmos e estabelecendo vínculos entre a aprendizagem que acontece na escola e a vida do educando, tornando a aprendizagem muito mais significativa, inquietante e desenvolvendo alunos críticos e conscientes.
Conforme Freire, (1999, p. 39), “É próprio pensar certo a disponibilidade ao risco, a aceitação do novo que não pode ser negado ou acolhido só porque é novo...”.
Desta forma, é necessário que o educador aprenda a trabalhar com a rejeição, pois, sempre correrá riscos, nem sempre o que é proposto poderá ser aceito. Neste caso, é necessário deixar bem claro aos alunos a necessidade e a importância desta metodologia e criar alternativas de introduzir aos poucos o diálogo, respeitando o pensamento dos alunos, desafiando-os aos poucos, introduzindo aos poucos a metodologia.
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2008/12/projeto-de-aprendizagem.html
Durante o estágio, realizado em uma classe de alfabetização de jovens e adultos, procurei desenvolver a metodologia de Projetos de Aprendizagem. Foi uma experiência complicada, apesar de ter me proporcionado grande crescimento profissional.
Os alunos de minha turma, apresentavam uma representação de escola bastante tradicional, pois, esperam que as aulas fossem apenas expositivas e acreditam que eu era a única detentora do saber e que eu deveria transmitir todo o meu conhecimento enquanto que eles apenas deveriam agir como elementos passivos, apenas recebendo e assimilando o que era transmitido. Desta forma, foi muito difícil introduzir a metodologia de Projetos de Aprendizagem, pois, esta metodologia requer muito diálogo entre alunos e professor.
Num primeiro momento, é necessário que o educador investigue um ponto de partida, construído sobre o conhecimento prévio dos envolvidos, para a definição do tema a ser trabalhado. Desta forma, trazendo a cultura do aluno para dentro da sala de aula, estaremos valorizando o conhecimento dos mesmos e estabelecendo vínculos entre a aprendizagem que acontece na escola e a vida do educando, tornando a aprendizagem muito mais significativa, inquietante e desenvolvendo alunos críticos e conscientes.
Conforme Freire, (1999, p. 39), “É próprio pensar certo a disponibilidade ao risco, a aceitação do novo que não pode ser negado ou acolhido só porque é novo...”.
Desta forma, é necessário que o educador aprenda a trabalhar com a rejeição, pois, sempre correrá riscos, nem sempre o que é proposto poderá ser aceito. Neste caso, é necessário deixar bem claro aos alunos a necessidade e a importância desta metodologia e criar alternativas de introduzir aos poucos o diálogo, respeitando o pensamento dos alunos, desafiando-os aos poucos, introduzindo aos poucos a metodologia.
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Alfabetização e métodos II
Antes do curso, assim como a Educação de Jovens e Adultos, a alfabetização também me assustava muito.
Após as reflexões realizadas através das atividades oportunizadas pelas interdisciplinas e pelas experiências vivenciadas, tanto em uma classe de alfabetização de crianças em 2006, como na classe de alfabetização de EJA, na qual foi realizado o estágio em 2010, sinto-me muito mais segura em relação ao assunto e preparada para esses desafios.
Falando em alfabetização, independente da faixa etária, na tentativa de escrever dos alunos, o que precisa prevalecer é a construção de uma mensagem escrita com clara intenção comunicativa, e não a construção de palavras, frases ou fragmentos de escrita, baseados em sons e sílabas que se unem de maneira mecânica e sem sentido. A interação dos alunos com textos reais e contextualizados facilita a sua compreensão por conter expressões presentes em seu cotidiano, com conteúdo significativo e que, por isso, cumpre alguma função social. Nessa perspectiva, é importante oferecer aos alunos textos significativos, que façam parte da sua realidade, que acolham suas necessidades, que sejam de seu interesse. Textos que façam parte da cultura popular, do folclore regional e nacional, parlendas e provérbios, por exemplo, pelo fato de serem conhecidos pelos alunos, são excelentes materiais que, além de oportunizarem ricas discussões, enriquecem o espaço da sala de aula.
O processo de alfabetização não se resume à aprendizagem de como juntar letras para formar palavras, para alfabetizar de fato, e com o objetivo dos alunos tornem-se leitores autônomos e com a capacidade de se comunicarem por escrito de maneira eficiente, é preciso introduzi-los no universo da escrita, mostrando-lhes vários tipos de textos existentes.
Em relação ao métodos de alfabetização, diversos são os defendidos e divulgados por muitos pensadores, estudados durante o magistério e graduação em Pedagogia. Nem sempre eles respondem as questões cruciais da prática. Segundo Trindade, “não há como alfabetizar sem o uso de múltiplos métodos que contemplem os processos de ensino e aprendizagem, isto é, de aquisição (codificação e decodificação) e usos da língua escrita.”
Segundo Carvalho (2009, p. 18), “Durante décadas discutiu-se que métodos seriam mais eficientes.” E que “Muitos desses métodos foram experimentados, em diferentes contextos, com resultados diversos.”
Conforme Carvalho (2009), alguns pontos devem ser observados na escolha do método a ser utilizado. Em primeiro lugar, é necessário ter claro qual é a concepção de leitura e de leitor que sustenta o método. Outro ponto a ser observado é em relação aos objetivos de alfabetizar e letrar. A preocupação em ensinar o código alfabético deve estar tão presente quanto o objetivo de desenvolver a compreensão da leitura. A motivação para que os aprendizes gostem de ler deve estar sempre presente. As etapas ou procedimentos de aplicação devem ser coerentes com os fundamentos do método. O material didático deve ser acessível, simples e de baixo custo. E a fundamentação teórica do método deve ser conhecida e fazer sentido, além de haverem evidências de que o método escolhido tenha sido experimentado com êxito em um número significativo de turmas. Conforme Carvalho (2009), há grandes possibilidades do método proporcionar bons resultados, caso apresente as questões acima elencadas.
Reflexão realizada a partir da leitura da postagem abaixo:
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2009/10/alfabetizacao-e-metodos.html
Após as reflexões realizadas através das atividades oportunizadas pelas interdisciplinas e pelas experiências vivenciadas, tanto em uma classe de alfabetização de crianças em 2006, como na classe de alfabetização de EJA, na qual foi realizado o estágio em 2010, sinto-me muito mais segura em relação ao assunto e preparada para esses desafios.
Falando em alfabetização, independente da faixa etária, na tentativa de escrever dos alunos, o que precisa prevalecer é a construção de uma mensagem escrita com clara intenção comunicativa, e não a construção de palavras, frases ou fragmentos de escrita, baseados em sons e sílabas que se unem de maneira mecânica e sem sentido. A interação dos alunos com textos reais e contextualizados facilita a sua compreensão por conter expressões presentes em seu cotidiano, com conteúdo significativo e que, por isso, cumpre alguma função social. Nessa perspectiva, é importante oferecer aos alunos textos significativos, que façam parte da sua realidade, que acolham suas necessidades, que sejam de seu interesse. Textos que façam parte da cultura popular, do folclore regional e nacional, parlendas e provérbios, por exemplo, pelo fato de serem conhecidos pelos alunos, são excelentes materiais que, além de oportunizarem ricas discussões, enriquecem o espaço da sala de aula.
O processo de alfabetização não se resume à aprendizagem de como juntar letras para formar palavras, para alfabetizar de fato, e com o objetivo dos alunos tornem-se leitores autônomos e com a capacidade de se comunicarem por escrito de maneira eficiente, é preciso introduzi-los no universo da escrita, mostrando-lhes vários tipos de textos existentes.
Em relação ao métodos de alfabetização, diversos são os defendidos e divulgados por muitos pensadores, estudados durante o magistério e graduação em Pedagogia. Nem sempre eles respondem as questões cruciais da prática. Segundo Trindade, “não há como alfabetizar sem o uso de múltiplos métodos que contemplem os processos de ensino e aprendizagem, isto é, de aquisição (codificação e decodificação) e usos da língua escrita.”
Segundo Carvalho (2009, p. 18), “Durante décadas discutiu-se que métodos seriam mais eficientes.” E que “Muitos desses métodos foram experimentados, em diferentes contextos, com resultados diversos.”
Conforme Carvalho (2009), alguns pontos devem ser observados na escolha do método a ser utilizado. Em primeiro lugar, é necessário ter claro qual é a concepção de leitura e de leitor que sustenta o método. Outro ponto a ser observado é em relação aos objetivos de alfabetizar e letrar. A preocupação em ensinar o código alfabético deve estar tão presente quanto o objetivo de desenvolver a compreensão da leitura. A motivação para que os aprendizes gostem de ler deve estar sempre presente. As etapas ou procedimentos de aplicação devem ser coerentes com os fundamentos do método. O material didático deve ser acessível, simples e de baixo custo. E a fundamentação teórica do método deve ser conhecida e fazer sentido, além de haverem evidências de que o método escolhido tenha sido experimentado com êxito em um número significativo de turmas. Conforme Carvalho (2009), há grandes possibilidades do método proporcionar bons resultados, caso apresente as questões acima elencadas.
Reflexão realizada a partir da leitura da postagem abaixo:
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2009/10/alfabetizacao-e-metodos.html
Sintonia entre escola e alunos
Ao reler a postagem abaixo, como estou muito envolvida nas questões da modalidade de Educação de Jovens e Adultos, devido a realização de meu estágio, produzi a seguinte reflexão !
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2008/12/escola-espao-de-aprendizagem.html
Realmente, muitos são os espaços onde as aprendizagens podem ocorrer, e até os dias atuais, nenhuma outra forma de organização foi capaz de substituir a escola, pois, é nela que ocorrem muitas descobertas, aprendizagens, inovações, é onde ampliamos os saberes já existentes e adquirimos novos. Porém, é necessário que a escola vá de encontro aos alunos.
Segundo Oliveira (1993, p.62) “[...] os altos índices de evasão e repetência nos programas de educação de jovens e adultos indicam falta de sintonia entre a escola e os alunos que dela se servem[...]”. De fato, as escolas funcionam com regras específicas e com uma linguagem particular que alunos que freqüentam as classes de educação de jovens e adultos, principalmente os alunos mais velhos, com uma passagem curta pela escola, apresentam grandes dificuldades em trabalhar com essa linguagem. Currículos, programas, métodos de ensino foram concebidos para crianças e adolescentes que percorreriam o caminho da escolaridade de forma regular. E as escolas, muitas vezes, não fazem adequação desses, para esse grupo, que não é o alvo original da instituição.
Desta forma a escola acaba perdendo o seu significado pelo fato de não se dar conta de que os educandos que a ela estão chegando são outros. Não são mais aqueles com os quais ela estava acostumada e para os quais estava “preparada”.
Dada a evidência da grande heterogeneidade presente no grupo frequentador da EJA, caracterizado não apenas por uma questão de especificidade etária, como também cultural, dever-se-ia ter um currículo especialmente pensado para EJA.
Infelizmente, o que podemos perceber na maioria das vezes, é que o currículo "elaborado" para a Educação de Jovens e Adultos acaba seguindo as mesmas orientações e perspectivas curriculares que nos levaram aos modelos atuais de currículo nas demais modalidades regulares. A educação de jovens e adultos precisa de um currículo próprio, que considere as peculiaridades do educando que freqüenta esta modalidade de ensino.
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2008/12/escola-espao-de-aprendizagem.html
Realmente, muitos são os espaços onde as aprendizagens podem ocorrer, e até os dias atuais, nenhuma outra forma de organização foi capaz de substituir a escola, pois, é nela que ocorrem muitas descobertas, aprendizagens, inovações, é onde ampliamos os saberes já existentes e adquirimos novos. Porém, é necessário que a escola vá de encontro aos alunos.
Segundo Oliveira (1993, p.62) “[...] os altos índices de evasão e repetência nos programas de educação de jovens e adultos indicam falta de sintonia entre a escola e os alunos que dela se servem[...]”. De fato, as escolas funcionam com regras específicas e com uma linguagem particular que alunos que freqüentam as classes de educação de jovens e adultos, principalmente os alunos mais velhos, com uma passagem curta pela escola, apresentam grandes dificuldades em trabalhar com essa linguagem. Currículos, programas, métodos de ensino foram concebidos para crianças e adolescentes que percorreriam o caminho da escolaridade de forma regular. E as escolas, muitas vezes, não fazem adequação desses, para esse grupo, que não é o alvo original da instituição.
Desta forma a escola acaba perdendo o seu significado pelo fato de não se dar conta de que os educandos que a ela estão chegando são outros. Não são mais aqueles com os quais ela estava acostumada e para os quais estava “preparada”.
Dada a evidência da grande heterogeneidade presente no grupo frequentador da EJA, caracterizado não apenas por uma questão de especificidade etária, como também cultural, dever-se-ia ter um currículo especialmente pensado para EJA.
Infelizmente, o que podemos perceber na maioria das vezes, é que o currículo "elaborado" para a Educação de Jovens e Adultos acaba seguindo as mesmas orientações e perspectivas curriculares que nos levaram aos modelos atuais de currículo nas demais modalidades regulares. A educação de jovens e adultos precisa de um currículo próprio, que considere as peculiaridades do educando que freqüenta esta modalidade de ensino.
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Tema Gerador - EJA - Alfabetização
A postagem do link abaixo é objeto desta reflexão:
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2009/11/temas-geradores.html
Paulo Reglus Neves Freire, defendia a educação como um ato solidário, coletivo, um processo de trocas entre as pessoas. Para Freire, o alfabetizador precisa inicialmente através de conversas informais, fazer uma pesquisa, uma descoberta, um levantamento do universo vocabular, cujo objetivo é perceber quais os vocábulos mais utilizados pelos sujeitos a serem alfabetizados.
Segundo Brandão (1981, p.30), para Freire, [...] “as palavras não são só um instrumento de leitura da língua; são também instrumentos de releitura coletiva da realidade social onde a língua existe [...]
Através da pesquisa das palavras, do universo vocabular dos alunos, é possível diminuir a distância entre educador e educandos, reconhecer a realidade que os cerca, o modo de vida, os lugares.
Segundo Brandão (1981), com o material recolhido na pesquisa, faz-se uma seleção de palavras geradoras, através dos seguintes critérios: riqueza fonética, dificuldades fonéticas, aspecto pragmático da palavra. Depois de selecionadas mais ou menos 18 palavras que servirão de base para as lições, o próximo passo é a discussão de situações da realidade local, nas quais são colocadas as palavras geradoras, com o intuito de abrir perspectivas para análise crítica consciente dos problemas. As palavras são apresentadas em cartazes com imagens e então, inicia-se uma discussão para significá-las na realidade da turma. Em seguida, são criadas fichas roteiro para a organização dos debates e por fim, a criação de fichas de palavras para decomposição das famílias fonéticas. Cada palavra geradora passa a ser estudada através da divisão silábica, cada sílaba se desdobra em sua família silábica e o próximo passo é a formação de novas palavras, utilizando as famílias silábicas trabalhadas.
Esse método foi aplicado por mim durante o período de estágio. Apesar das dificuldades penso que esta metodologia é muito interessante e se bem executada, tem grandes chances de respostas muito positivas.
As dificuldades que encontrei foram em relação a aceitação dos alunos ao novo, pois, especialmente os alunos mais velhos, esperavam que as aulas fossem apenas expositivas e agiam inicialmente como elementos passivos, apenas recebendo e assimilando o que fosse transmitido. E na verdade, essa metodologia requer a participação ativa dos alunos, é necessário que haja muito diálogo para que o alfabetizador reconheça o universo vocabular dos alunos, sua realidade.
É necessário que o educador aprenda a trabalhar com a rejeição, pois, sempre correrá riscos, nem sempre o que é proposto poderá ser aceito. Nessa situação, é necessário respeitar os alunos, ser coerente, e criar alternativas de introduzir aos poucos o diálogo, desafiando o grupo, revelando a necessidade e importância dessa metodologia.
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2009/11/temas-geradores.html
Paulo Reglus Neves Freire, defendia a educação como um ato solidário, coletivo, um processo de trocas entre as pessoas. Para Freire, o alfabetizador precisa inicialmente através de conversas informais, fazer uma pesquisa, uma descoberta, um levantamento do universo vocabular, cujo objetivo é perceber quais os vocábulos mais utilizados pelos sujeitos a serem alfabetizados.
Segundo Brandão (1981, p.30), para Freire, [...] “as palavras não são só um instrumento de leitura da língua; são também instrumentos de releitura coletiva da realidade social onde a língua existe [...]
Através da pesquisa das palavras, do universo vocabular dos alunos, é possível diminuir a distância entre educador e educandos, reconhecer a realidade que os cerca, o modo de vida, os lugares.
Segundo Brandão (1981), com o material recolhido na pesquisa, faz-se uma seleção de palavras geradoras, através dos seguintes critérios: riqueza fonética, dificuldades fonéticas, aspecto pragmático da palavra. Depois de selecionadas mais ou menos 18 palavras que servirão de base para as lições, o próximo passo é a discussão de situações da realidade local, nas quais são colocadas as palavras geradoras, com o intuito de abrir perspectivas para análise crítica consciente dos problemas. As palavras são apresentadas em cartazes com imagens e então, inicia-se uma discussão para significá-las na realidade da turma. Em seguida, são criadas fichas roteiro para a organização dos debates e por fim, a criação de fichas de palavras para decomposição das famílias fonéticas. Cada palavra geradora passa a ser estudada através da divisão silábica, cada sílaba se desdobra em sua família silábica e o próximo passo é a formação de novas palavras, utilizando as famílias silábicas trabalhadas.
Esse método foi aplicado por mim durante o período de estágio. Apesar das dificuldades penso que esta metodologia é muito interessante e se bem executada, tem grandes chances de respostas muito positivas.
As dificuldades que encontrei foram em relação a aceitação dos alunos ao novo, pois, especialmente os alunos mais velhos, esperavam que as aulas fossem apenas expositivas e agiam inicialmente como elementos passivos, apenas recebendo e assimilando o que fosse transmitido. E na verdade, essa metodologia requer a participação ativa dos alunos, é necessário que haja muito diálogo para que o alfabetizador reconheça o universo vocabular dos alunos, sua realidade.
É necessário que o educador aprenda a trabalhar com a rejeição, pois, sempre correrá riscos, nem sempre o que é proposto poderá ser aceito. Nessa situação, é necessário respeitar os alunos, ser coerente, e criar alternativas de introduzir aos poucos o diálogo, desafiando o grupo, revelando a necessidade e importância dessa metodologia.
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Educação de Jovens e Adultos
Ao rever minhas postagens antigas para a realização de novas reflexões, gostei muito de ter revisitado esta (link abaixo) :
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2008/09/difcil-tarefa-de-trabalhar-na-educao-de.html
Essa postagem me fez perceber realmente meu crescimento profissional e pessoal, pois, no início do curso, a Educação de Jovens e Adultos era algo impossível para mim, não que pensasse que a modalidade de ensino não trouxesse resultados positivos, bem pelo contrário, mas pelo fato de não me sentir preparada para exercer este desafio, pensamento bem diferente de como sinto atualmente.
Após toda trajetória percorrida durante o curso e principalmente após a realização do estágio, que foi realizado em uma classe de alfabetização de adultos e da posterior realização do Trabalho de Conclusão de Curso cujo assunto foi EJA, é impossível não perceber meu crescimento !
Atualmente a EJA não me constrange, não é mais uma modalidade que me assusta, bem pelo contrário, após esse longo percurso, sinto-me tão preparada que não me imagino trabalhando com outra modalidade de ensino. Me realizei no estágio ! Além disso, a experiência adquirida me motivou de tal forma que quero aprofundar o assunto, estudar mais sobre a EJA !
Gostaria de mencionar alguns pontos que refleti durante este período:
O educador que atua em classes de educação de jovens e adultos, deve ter o cuidado de não somar novos elementos de exclusão, garantindo condições de permanência dos jovens e adultos na escola. Tanto escola como educadores, devem procurar diminuir a distância entre o que esperam os alunos e o que a escola lhes oferece. Além disso, a conscientização por parte dos educadores, que adultos analfabetos não são crianças, também é um elemento fundamental no processo de educação de jovens e adultos. É necessário que os métodos de ensino aplicados sejam próprios, adequados para atender a estes estudantes.
Considerando que as aprendizagens acontecem em função das necessidades e das vontades dos indivíduos no meio social em que estão inseridos e que quando a aprendizagem não tem sentido, o sujeito demora a internalizá-la, os educadores precisam ter muito cuidado na escolha do assunto a ser trabalhado, tendo em vista que esse deve trazer a intencionalidade de instigar os educandos a uma análise crítica de suas realidades para atuarem sobre elas.
Outro cuidado que os educadores que atuam nas classes de EJA precisam ter, é em relação a baixa auto-estima, característica muito freqüente encontrada nos alunos freqüentadores desta modalidade de ensino. Devido as situações de fracasso escolar vivenciadas pelos estudantes em suas passagens anteriores pela escola, eles retornam às salas de aula revelando uma auto imagem muito fragilizada, nestes casos, o papel do educador é determinante para evitar situações de novo fracasso escolar. É necessário que ele encontre maneiras de diminuir essa fragilidade e insegurança e uma forma, é através da valorização dos saberes que os alunos trazem, resgatando a sua auto imagem positiva, possibilitando a abertura de um canal de aprendizagem, com maiores garantias de êxito.
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2008/09/difcil-tarefa-de-trabalhar-na-educao-de.html
Essa postagem me fez perceber realmente meu crescimento profissional e pessoal, pois, no início do curso, a Educação de Jovens e Adultos era algo impossível para mim, não que pensasse que a modalidade de ensino não trouxesse resultados positivos, bem pelo contrário, mas pelo fato de não me sentir preparada para exercer este desafio, pensamento bem diferente de como sinto atualmente.
Após toda trajetória percorrida durante o curso e principalmente após a realização do estágio, que foi realizado em uma classe de alfabetização de adultos e da posterior realização do Trabalho de Conclusão de Curso cujo assunto foi EJA, é impossível não perceber meu crescimento !
Atualmente a EJA não me constrange, não é mais uma modalidade que me assusta, bem pelo contrário, após esse longo percurso, sinto-me tão preparada que não me imagino trabalhando com outra modalidade de ensino. Me realizei no estágio ! Além disso, a experiência adquirida me motivou de tal forma que quero aprofundar o assunto, estudar mais sobre a EJA !
Gostaria de mencionar alguns pontos que refleti durante este período:
O educador que atua em classes de educação de jovens e adultos, deve ter o cuidado de não somar novos elementos de exclusão, garantindo condições de permanência dos jovens e adultos na escola. Tanto escola como educadores, devem procurar diminuir a distância entre o que esperam os alunos e o que a escola lhes oferece. Além disso, a conscientização por parte dos educadores, que adultos analfabetos não são crianças, também é um elemento fundamental no processo de educação de jovens e adultos. É necessário que os métodos de ensino aplicados sejam próprios, adequados para atender a estes estudantes.
Considerando que as aprendizagens acontecem em função das necessidades e das vontades dos indivíduos no meio social em que estão inseridos e que quando a aprendizagem não tem sentido, o sujeito demora a internalizá-la, os educadores precisam ter muito cuidado na escolha do assunto a ser trabalhado, tendo em vista que esse deve trazer a intencionalidade de instigar os educandos a uma análise crítica de suas realidades para atuarem sobre elas.
Outro cuidado que os educadores que atuam nas classes de EJA precisam ter, é em relação a baixa auto-estima, característica muito freqüente encontrada nos alunos freqüentadores desta modalidade de ensino. Devido as situações de fracasso escolar vivenciadas pelos estudantes em suas passagens anteriores pela escola, eles retornam às salas de aula revelando uma auto imagem muito fragilizada, nestes casos, o papel do educador é determinante para evitar situações de novo fracasso escolar. É necessário que ele encontre maneiras de diminuir essa fragilidade e insegurança e uma forma, é através da valorização dos saberes que os alunos trazem, resgatando a sua auto imagem positiva, possibilitando a abertura de um canal de aprendizagem, com maiores garantias de êxito.
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domingo, 17 de outubro de 2010
Informática na educação
Revisitando a interdisciplina do eixo 1, Educação e Tecnologias da Comunicação e Informação:
A visita às páginas da interdisciplina oportunizaram novas reflexões sobre a utilização da Informática na Escola.
A influência contínua e acelerada da tecnologia originou a necessidade da utilização de ferramentas como o computador para finalidades pedagógicas na busca de aproximar a realidade social informatizada e a sala de aula. A utilização de computadores na educação traz muitos benefícios, pois, promove a autoestima, apoia o desenvolvimento cognitivo, desenvolve o raciocínio, possibilita o acesso a situações que propiciam a resolução de problemas, desenvolve a autonomia, a criatividade, o trabalho cooperativo, a linguagem, além de facilitar a integração interdisciplinar. O computador como ferramenta pedagógica enriquece as aulas, tornando-as mais desafiadoras, motivadoras e dinâmicas. Através de jogos educativos podem ser propostos desafios que estimulam os alunos e complementam a aula de forma lúdica. A internet possibilita a criação e manutenção de blogs, bem como a oportunidade da criação de apresentações em slides, tornando os alunos produtores de conteúdo e conhecimento. Além disso, através da internet é possibilitada a exposição de informações, a coleta de dados, bem como a oportunidade dos alunos interagirem através de e-mails e fóruns.
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2010/05/midias-e-tecnologias-digitais-em.html
A visita às páginas da interdisciplina oportunizaram novas reflexões sobre a utilização da Informática na Escola.
A influência contínua e acelerada da tecnologia originou a necessidade da utilização de ferramentas como o computador para finalidades pedagógicas na busca de aproximar a realidade social informatizada e a sala de aula. A utilização de computadores na educação traz muitos benefícios, pois, promove a autoestima, apoia o desenvolvimento cognitivo, desenvolve o raciocínio, possibilita o acesso a situações que propiciam a resolução de problemas, desenvolve a autonomia, a criatividade, o trabalho cooperativo, a linguagem, além de facilitar a integração interdisciplinar. O computador como ferramenta pedagógica enriquece as aulas, tornando-as mais desafiadoras, motivadoras e dinâmicas. Através de jogos educativos podem ser propostos desafios que estimulam os alunos e complementam a aula de forma lúdica. A internet possibilita a criação e manutenção de blogs, bem como a oportunidade da criação de apresentações em slides, tornando os alunos produtores de conteúdo e conhecimento. Além disso, através da internet é possibilitada a exposição de informações, a coleta de dados, bem como a oportunidade dos alunos interagirem através de e-mails e fóruns.
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2010/05/midias-e-tecnologias-digitais-em.html
Projeto Político Pedagógico
Revisitando a interdisciplina Escola, Projeto Pedagógico e Currículo, do eixo 1:
O Projeto Político Administrativo Pedagógico da escola é uma ferramenta gerencial onde estão definidas as suas prioridades estratégicas, seus princípios, suas normas, enfim, a sua identidade. O Projeto Político Pedagógico é um documento que indica as principais ferramentas que a escola possui para atingir seus objetivos, é um elemento organizador da prática. Através de sua construção, a escola pode indicar a direção que seguirá, a organização do seu trabalho educativo, bem como explicitar seus principais problemas, propor soluções e definir responsabilidades coletivas e individuais na superação desses problemas. O Projeto Político-Pedagógico deve ser elaborado, realizado e avaliado pelo coletivo da escola. Cada Projeto tem um determinado contexto histórico. Precisa ser flexível e prever regulares avaliações e reformulações.
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2008/12/escola-como-instituio-pblica-sua.html
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2008/10/alguns-pontos-interessantes-sobre.html
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2009/01/como-construir-o-projeto-poltico.html
O Projeto Político Administrativo Pedagógico da escola é uma ferramenta gerencial onde estão definidas as suas prioridades estratégicas, seus princípios, suas normas, enfim, a sua identidade. O Projeto Político Pedagógico é um documento que indica as principais ferramentas que a escola possui para atingir seus objetivos, é um elemento organizador da prática. Através de sua construção, a escola pode indicar a direção que seguirá, a organização do seu trabalho educativo, bem como explicitar seus principais problemas, propor soluções e definir responsabilidades coletivas e individuais na superação desses problemas. O Projeto Político-Pedagógico deve ser elaborado, realizado e avaliado pelo coletivo da escola. Cada Projeto tem um determinado contexto histórico. Precisa ser flexível e prever regulares avaliações e reformulações.
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2008/12/escola-como-instituio-pblica-sua.html
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2008/10/alguns-pontos-interessantes-sobre.html
http://peadportfolio156703.blogspot.com/2009/01/como-construir-o-projeto-poltico.html
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Desafios da educação
Para a interdisciplina Escola, Projeto Pedagógico e Currículo, pertencente ao eixo 1, tivemos acesso a muitos textos fantásticos, porém, como gosto muito das idéias de Paulo Freire, gostaria de pontuar algumas de suas idéias trabalhadas na unidade de estudo 2.
Em Paulo Freire, uma presença, uma experiência, são apresentadas algumas idéias mais significativas do pensador e o que elas representam para os educadores, são elas:
Produção de conhecimento: todo indivíduo ao interagir com o mundo, estará compreendendo este mundo e produzindo conhecimentos, criando assim, a possibilidade de compreender melhor este mundo e de intervir com o mesmo.
Diálogo/Comunicação: o ser humano é crítico e comunicativo. Tanto o diálogo, quanto a comunicação são ferramentas necessárias para a reflexão e transformação da realidade.
Identidade cultural: cada indivíduo possui a sua identidade cultural e é necessário que saibamos respeitar tanto a identidade dos outros como a curiosidade deles a respeito daquilo que nossa cultura propõe.
Curiosidade: Segundo Freire, ela é a fonte do conhecimento. O educador precisa estimular a pergunta, a reflexão crítica sobre a mesma.
Realidade: é necessário diminuir a distância entre o contexto acadêmico e a realidade dos sujeitos.
Esta postagem não contém link por ser fruto de uma reflexão de um texto que foi revisto em 2010. Na época que o texto foi estudado, não foi realizada postagem sobre este assunto, por esta razão, achei interessante refletir e postar algo neste momento.
Em Paulo Freire, uma presença, uma experiência, são apresentadas algumas idéias mais significativas do pensador e o que elas representam para os educadores, são elas:
Produção de conhecimento: todo indivíduo ao interagir com o mundo, estará compreendendo este mundo e produzindo conhecimentos, criando assim, a possibilidade de compreender melhor este mundo e de intervir com o mesmo.
Diálogo/Comunicação: o ser humano é crítico e comunicativo. Tanto o diálogo, quanto a comunicação são ferramentas necessárias para a reflexão e transformação da realidade.
Identidade cultural: cada indivíduo possui a sua identidade cultural e é necessário que saibamos respeitar tanto a identidade dos outros como a curiosidade deles a respeito daquilo que nossa cultura propõe.
Curiosidade: Segundo Freire, ela é a fonte do conhecimento. O educador precisa estimular a pergunta, a reflexão crítica sobre a mesma.
Realidade: é necessário diminuir a distância entre o contexto acadêmico e a realidade dos sujeitos.
Esta postagem não contém link por ser fruto de uma reflexão de um texto que foi revisto em 2010. Na época que o texto foi estudado, não foi realizada postagem sobre este assunto, por esta razão, achei interessante refletir e postar algo neste momento.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Educação
Para a postagem de hoje, escolhi o texto “A educação como processo socializador: função homogeneizadora e função diferenciadora”, de Émile Durkheim, trabalhada na interdisciplina Escola, Cultura e Sociedade – uma abordagem sociocultural e antropológica.
O texto traz uma definição sobre a palavra educação e faz com que muitas sejam as reflexões, porém, gostaria de colocar alguns pontos que se destacaram para mim, nesta leitura:
Conforme o texto, segundo Kant, “o fim da educação é desenvolver em cada indivíduo, toda a perfeição de que ele seja capaz.” Concordo com essa afirmação, pois, cada indivíduo é um ser único, com suas experiências históricas, políticas, culturais e sociais. Alguns tem certas aptidões que outros não tem e vice versa, logo, essa “perfeição”vai depender de cada sujeito.
O meio em que as pessoas vivem e se relacionam, também influencia na educação, afinal, vivemos em um mundo de diversidades. Uma pessoa que freqüenta um grupo religioso, por exemplo, aprenderá os princípios daquela religião em específica, adotará certos hábitos, adorará deuses que não são comuns a outras religiões, ou seja, conhecerá o mundo de maneira diferente de outros sujeitos, desenvolverá a sua educação conforme lhe convém, a partir dos princípios vivenciados nos meios as quais está inserida.
Ao mesmo tempo em que os ambientes influenciam as aprendizagens e o livre arbítrio dos indivíduos frente a sua educação, existem certas aprendizagens e valores que são perpetuados das gerações mais velhas às gerações mais novas, gerando uma certa homogeneidade, diferente da heterogeneidade da educação apresentada anteriormente.
Esta postagem não contém link por ser fruto de uma reflexão de um texto que foi revisto em 2010. Na época que o texto foi estudado, não foi realizada postagem sobre este assunto, por esta razão, achei interessante refletir e postar algo neste momento.
O texto traz uma definição sobre a palavra educação e faz com que muitas sejam as reflexões, porém, gostaria de colocar alguns pontos que se destacaram para mim, nesta leitura:
Conforme o texto, segundo Kant, “o fim da educação é desenvolver em cada indivíduo, toda a perfeição de que ele seja capaz.” Concordo com essa afirmação, pois, cada indivíduo é um ser único, com suas experiências históricas, políticas, culturais e sociais. Alguns tem certas aptidões que outros não tem e vice versa, logo, essa “perfeição”vai depender de cada sujeito.
O meio em que as pessoas vivem e se relacionam, também influencia na educação, afinal, vivemos em um mundo de diversidades. Uma pessoa que freqüenta um grupo religioso, por exemplo, aprenderá os princípios daquela religião em específica, adotará certos hábitos, adorará deuses que não são comuns a outras religiões, ou seja, conhecerá o mundo de maneira diferente de outros sujeitos, desenvolverá a sua educação conforme lhe convém, a partir dos princípios vivenciados nos meios as quais está inserida.
Ao mesmo tempo em que os ambientes influenciam as aprendizagens e o livre arbítrio dos indivíduos frente a sua educação, existem certas aprendizagens e valores que são perpetuados das gerações mais velhas às gerações mais novas, gerando uma certa homogeneidade, diferente da heterogeneidade da educação apresentada anteriormente.
Esta postagem não contém link por ser fruto de uma reflexão de um texto que foi revisto em 2010. Na época que o texto foi estudado, não foi realizada postagem sobre este assunto, por esta razão, achei interessante refletir e postar algo neste momento.
sábado, 25 de setembro de 2010
Reflexão (2006)
Revisitando o primeiro semestre de curso e suas interdisciplinas, resolvi refletir novamente sobre o enfoque temático trabalhado na semana 10, a respeito da formação do professor, na interdisciplina Escola, Cultura e Sociedade.
A reflexão da semana era baseada no livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire, excelente leitura, que apesar da edição datar 1996, trata do tema de forma muito atual.
No texto, o autor faz várias reflexões sobre a prática educativa, dentre as quais gostaria de destacar as seguintes:
“Ensinar não é transferir conhecimento” - O professor não deve transferir seus conhecimentos como verdade absoluta e inquestionável, de forma bancária, onde apenas se injetam conhecimentos aos educandos e sim, criar possibilidades para o aluno produzir e construir conhecimentos.
“Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos” e “Ensinar exige saber escutar” - O professor precisa apostar constantemente no diálogo, como forma de aprendizagem. Escutar as histórias dos educandos é uma excelente forma de compreender o mundo em que vivem e o sentido que atribuem as suas experiências. É fundamental respeitar os saberes e fazeres que são verbalizados em sala de aula, pois, ao contar sua história, cada pessoa apresenta de alguma maneira a sua “leitura do mundo”. Esse espaço que o educador abre e a valorização das manifestações dos alunos, auxiliam na reflexão do educador frente ao que realmente tem relevância e mereça inclusão no currículo. Essa abertura auxilia também em outro ponto que Paulo Freire enfatiza em seu livro, “Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática”, pois essa escuta atenta e respeitosa aos sentidos e significados atribuídos à escola pelos alunos, possibilitam (re)(des)construções da prática pedagógica.
Esta postagem não contém link para uma postagem anterior específica, por ser fruto de uma reflexão de um texto que foi revisto em 2010. Na época que o texto foi estudado, não foi realizada postagem sobre este assunto, por esta razão, achei interessante refletir e postar algo neste momento.
A reflexão da semana era baseada no livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire, excelente leitura, que apesar da edição datar 1996, trata do tema de forma muito atual.
No texto, o autor faz várias reflexões sobre a prática educativa, dentre as quais gostaria de destacar as seguintes:
“Ensinar não é transferir conhecimento” - O professor não deve transferir seus conhecimentos como verdade absoluta e inquestionável, de forma bancária, onde apenas se injetam conhecimentos aos educandos e sim, criar possibilidades para o aluno produzir e construir conhecimentos.
“Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos” e “Ensinar exige saber escutar” - O professor precisa apostar constantemente no diálogo, como forma de aprendizagem. Escutar as histórias dos educandos é uma excelente forma de compreender o mundo em que vivem e o sentido que atribuem as suas experiências. É fundamental respeitar os saberes e fazeres que são verbalizados em sala de aula, pois, ao contar sua história, cada pessoa apresenta de alguma maneira a sua “leitura do mundo”. Esse espaço que o educador abre e a valorização das manifestações dos alunos, auxiliam na reflexão do educador frente ao que realmente tem relevância e mereça inclusão no currículo. Essa abertura auxilia também em outro ponto que Paulo Freire enfatiza em seu livro, “Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática”, pois essa escuta atenta e respeitosa aos sentidos e significados atribuídos à escola pelos alunos, possibilitam (re)(des)construções da prática pedagógica.
Esta postagem não contém link para uma postagem anterior específica, por ser fruto de uma reflexão de um texto que foi revisto em 2010. Na época que o texto foi estudado, não foi realizada postagem sobre este assunto, por esta razão, achei interessante refletir e postar algo neste momento.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Começando o TCC
Considerando que o Trabalho de Conclusão de Curso deve consistir em um relato e análise das experiências construídas ao longo do curso, bem como as vivenciadas durante o período de estágio, e que o ponto de partida para sua elaboração deve ser através de uma problematização, para a elaboração de meu TCC, levando em consideração que sempre me interessei pelos problemas que envolvem a alfabetização, e pelo fato de ter me sentido muito insegura durante o período de estágio sobre qual o melhor método ou modelo a seguir na alfabetização de meus alunos, gostaria de investigar e analisar os métodos de alfabetização.
Desenvolver um trabalho que envolva as práticas em sala de aula com a teoria proposta pelos métodos, além de despertar em mim um grande interesse, aprimoraria minha formação para melhor compreender a complexidade do ato de alfabetizar.
Desenvolver um trabalho que envolva as práticas em sala de aula com a teoria proposta pelos métodos, além de despertar em mim um grande interesse, aprimoraria minha formação para melhor compreender a complexidade do ato de alfabetizar.
terça-feira, 13 de julho de 2010
Resistência e apego a métodos tradicionais
Paulo Freire, condenando o ensino oferecido na maioria das escolas que era caracterizado por uma educação bancária, alienante, acomodada, desenvolveu um pensamento pedagógico que objetivava conscientizar os alunos, desenvolver a criticidade, inquietá-los.
Semelhante a esse pensamento, foram os momentos e atividades que procurei propor aos alunos durante o período de estágio, promovendo a inquietação, a problematização, a criticidade, a conscientização, a autonomia e o movimento investigativo.
Adotando esse mesmo pensamento pedagógico, durante um dos primeiros encontros realizados com a turma, no período em que estava realizando sondagens e diagnósticos da turma, antes de iniciar o Projeto de Aprendizagem, certa noite, levei os alunos a ludoteca da escola para trabalharmos a matemática com material concreto. A idéia era que jogassem em grupos o jogo “Nunca dez”, cujos objetivos eram de que os alunos construíssem o significado do sistema de numeração decimal explorando situações-problema que envolvessem contagem, além de compreenderem e fazer uso do valor posicional dos algarismos. A turma foi dividida em dois grupos, cada grupo recebeu um kit do material dourado e dois dados comuns, o jogo consistia no seguinte: cada aluno, na sua vez de jogar, lançava os dados, contava quantos pontos havia feito e retirava para si a quantidade de cubos pequenos correspondente aos números sorteados nos dados, sempre que um jogador acumulasse um total de 10 cubos pequenos, deveria trocá-los por uma barra, e teria o direito de jogar novamente, sendo que o vencedor seria o primeiro a conquistar uma placa, trocando 10 barras por ela. Os alunos não estavam descontraídos, queriam voltar à sala de aula para realizarem um outro tipo de atividade, mais tradicional e que envolvesse escrita. Finalizamos a atividade e ao retornarmos a sala de aula, conversei com os alunos, questionando-os sobre suas atitudes. Percebi que o problema não era apenas o de estar em um local que não fosse a sala de aula, ou estar jogando, e sim que a matemática parece estar em segundo plano para eles. Como de costume, não conversaram muito, parece que sempre esperam que alguém fale por eles. Expliquei que não deveriam ficar angustiados, e que aquele tipo de atividade faria com que aprendessem certas coisas que necessitam, que não deveriam pensar que brincando, jogando não se aprende. E também que aprenderiam a ler e escrever com a matemática, pois carregam uma angústia pelo fato de não saberem ler e escrever e apostam tudo nos momentos em que estão em sala de aula, colocando de lado tudo o que julgam desnecessário para a aprendizagem da leitura e escrita. Naquele momento os alunos começaram a rir e se soltar e confirmaram que achavam que estavam perdendo tempo e que a maneira de aprender era utilizando o quadro, giz, lápis e caderno. O diálogo foi interessante. Combinamos que aos poucos, iríamos trabalhar matemática e de uma forma diferente da conhecida por eles. A atitude dos alunos deu início a reflexões que me acompanharam durante todo o período de estágio: Como trabalhar matemática com a minha turma ?; Porque da falta de interesse por parte dos alunos, tendo em vista o fato da matemática fazer parte do dia a dia de todas as pessoas ? ; Como diminuir esse apego que os alunos tem do método tradicional ?
Penso que a utilização do material concreto, permite que o aluno se torne agente ativo na construção de seu próprio conhecimento, pois, através da visualização, manipulação, observação e criação de hipóteses, poderá estabelecer relações entre as situações experienciadas e a abstração dos conceitos estudados. Além disso, com o uso do material concreto, o aluno pode visualizar a operação realizada e também voltar a estágios anteriores de raciocínio, tarefa essa, muito mais difícil de ser realizada apenas no cálculo abstrato. Além de tornar as aulas mais interativas, a utilização do material concreto incentiva a busca, o interesse, a curiosidade e o espírito de investigação, a descoberta de soluções, enfim, viabiliza a aprendizagem, construindo/reconstruindo e ampliando significados matemáticos.
Semelhante a esse pensamento, foram os momentos e atividades que procurei propor aos alunos durante o período de estágio, promovendo a inquietação, a problematização, a criticidade, a conscientização, a autonomia e o movimento investigativo.
Adotando esse mesmo pensamento pedagógico, durante um dos primeiros encontros realizados com a turma, no período em que estava realizando sondagens e diagnósticos da turma, antes de iniciar o Projeto de Aprendizagem, certa noite, levei os alunos a ludoteca da escola para trabalharmos a matemática com material concreto. A idéia era que jogassem em grupos o jogo “Nunca dez”, cujos objetivos eram de que os alunos construíssem o significado do sistema de numeração decimal explorando situações-problema que envolvessem contagem, além de compreenderem e fazer uso do valor posicional dos algarismos. A turma foi dividida em dois grupos, cada grupo recebeu um kit do material dourado e dois dados comuns, o jogo consistia no seguinte: cada aluno, na sua vez de jogar, lançava os dados, contava quantos pontos havia feito e retirava para si a quantidade de cubos pequenos correspondente aos números sorteados nos dados, sempre que um jogador acumulasse um total de 10 cubos pequenos, deveria trocá-los por uma barra, e teria o direito de jogar novamente, sendo que o vencedor seria o primeiro a conquistar uma placa, trocando 10 barras por ela. Os alunos não estavam descontraídos, queriam voltar à sala de aula para realizarem um outro tipo de atividade, mais tradicional e que envolvesse escrita. Finalizamos a atividade e ao retornarmos a sala de aula, conversei com os alunos, questionando-os sobre suas atitudes. Percebi que o problema não era apenas o de estar em um local que não fosse a sala de aula, ou estar jogando, e sim que a matemática parece estar em segundo plano para eles. Como de costume, não conversaram muito, parece que sempre esperam que alguém fale por eles. Expliquei que não deveriam ficar angustiados, e que aquele tipo de atividade faria com que aprendessem certas coisas que necessitam, que não deveriam pensar que brincando, jogando não se aprende. E também que aprenderiam a ler e escrever com a matemática, pois carregam uma angústia pelo fato de não saberem ler e escrever e apostam tudo nos momentos em que estão em sala de aula, colocando de lado tudo o que julgam desnecessário para a aprendizagem da leitura e escrita. Naquele momento os alunos começaram a rir e se soltar e confirmaram que achavam que estavam perdendo tempo e que a maneira de aprender era utilizando o quadro, giz, lápis e caderno. O diálogo foi interessante. Combinamos que aos poucos, iríamos trabalhar matemática e de uma forma diferente da conhecida por eles. A atitude dos alunos deu início a reflexões que me acompanharam durante todo o período de estágio: Como trabalhar matemática com a minha turma ?; Porque da falta de interesse por parte dos alunos, tendo em vista o fato da matemática fazer parte do dia a dia de todas as pessoas ? ; Como diminuir esse apego que os alunos tem do método tradicional ?
Penso que a utilização do material concreto, permite que o aluno se torne agente ativo na construção de seu próprio conhecimento, pois, através da visualização, manipulação, observação e criação de hipóteses, poderá estabelecer relações entre as situações experienciadas e a abstração dos conceitos estudados. Além disso, com o uso do material concreto, o aluno pode visualizar a operação realizada e também voltar a estágios anteriores de raciocínio, tarefa essa, muito mais difícil de ser realizada apenas no cálculo abstrato. Além de tornar as aulas mais interativas, a utilização do material concreto incentiva a busca, o interesse, a curiosidade e o espírito de investigação, a descoberta de soluções, enfim, viabiliza a aprendizagem, construindo/reconstruindo e ampliando significados matemáticos.
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Escolha do tema do TCC
Durante o período de estágio, muitas experiências foram vivenciadas, dando origem a muitas questões, inquietações e reflexões: a resistência por parte dos alunos em relação ao novo, o apego em relação a atividades mais voltadas a uma educação tradicional, a falta de interesse em relação à tecnologia, o receio de que com atividades mais descontraídas e através da realização de jogos não se obtém aprendizagem, porém o que mais aguçou o meu interesse para uma possível pesquisa e trabalho de conclusão de curso, foi em relação aos métodos de alfabetização e o desenvolvimento de processos construtivos necessários ao aprendizado da leitura e da escrita.
Justifico minha escolha pelo seguinte: minha turma de estágio era composta de 9 alunos, com idades que variavam entre 17 e 63 anos. No início do estágio, apenas dois alunos apresentavam leitura com pouca prática e escrita deficitária, ou seja, sabiam ler vagarosamente, recorrendo ao silabado ou soletrado, muitas vezes perdendo o sentido das frases e escreviam com problemas ortográficos, de estrutura de frases e de pontuação, os demais alunos, sequer conheciam as letras do alfabeto. No final do estágio, aqueles alunos que estavam mais avançados, liam perfeitamente, compreendendo a mensagem do texto lido e já escreviam com menos problemas ortográficos. E os alunos que mal conheciam as letras, já reconheciam todas as letras do alfabeto, escreviam e liam sílabas e alguns conseguiam ler e escrever palavras simples. Esse progresso no desenvolvimento dos alunos e todas as experiências que vivenciei com eles, despertaram um grande interesse em compreender melhor como ocorre o processo de alfabetização.
Justifico minha escolha pelo seguinte: minha turma de estágio era composta de 9 alunos, com idades que variavam entre 17 e 63 anos. No início do estágio, apenas dois alunos apresentavam leitura com pouca prática e escrita deficitária, ou seja, sabiam ler vagarosamente, recorrendo ao silabado ou soletrado, muitas vezes perdendo o sentido das frases e escreviam com problemas ortográficos, de estrutura de frases e de pontuação, os demais alunos, sequer conheciam as letras do alfabeto. No final do estágio, aqueles alunos que estavam mais avançados, liam perfeitamente, compreendendo a mensagem do texto lido e já escreviam com menos problemas ortográficos. E os alunos que mal conheciam as letras, já reconheciam todas as letras do alfabeto, escreviam e liam sílabas e alguns conseguiam ler e escrever palavras simples. Esse progresso no desenvolvimento dos alunos e todas as experiências que vivenciei com eles, despertaram um grande interesse em compreender melhor como ocorre o processo de alfabetização.
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Estágio de docência
O estágio de docência proporcionou momentos de intensa reflexão crítica de minhas ações pedagógicas. A interação com a comunidade escolar, o planejamento, a execução e a avaliação das atividades docentes, promoveram uma inquietação frente ao fazer pedagógico, ressignificando minhas práticas.
Ao iniciar a prática, acreditava que a turma seria crítica, participativa e que seria muito fácil a construção de um projeto de aprendizagem, arquitetura pedagógica escolhida para ser desenvolvida durante o período de estágio. Porém, as experiências presenciadas me demonstraram que esse processo não seria tão fácil assim. A começar pela crença e apego dos alunos no modelo tradicional de escola, característica da turma, que não fazia parte de minhas expectativas iniciais e que passou a ser objeto de intensa reflexão durante esse período. Precisei aprender a aceitar a realidade de minha turma e equilibrar as atividades que os alunos queriam, introduzindo aos poucos, as valorizadas por mim.
Esse período foi fundamental, tanto para a minha formação e aprimoramento, quanto para o meu futuro profissional, pois, me encontrei nas classes de EJA, descobri que esse é o caminho que pretendo seguir daqui para frente, alfabetização de jovens e adultos.
Ao iniciar a prática, acreditava que a turma seria crítica, participativa e que seria muito fácil a construção de um projeto de aprendizagem, arquitetura pedagógica escolhida para ser desenvolvida durante o período de estágio. Porém, as experiências presenciadas me demonstraram que esse processo não seria tão fácil assim. A começar pela crença e apego dos alunos no modelo tradicional de escola, característica da turma, que não fazia parte de minhas expectativas iniciais e que passou a ser objeto de intensa reflexão durante esse período. Precisei aprender a aceitar a realidade de minha turma e equilibrar as atividades que os alunos queriam, introduzindo aos poucos, as valorizadas por mim.
Esse período foi fundamental, tanto para a minha formação e aprimoramento, quanto para o meu futuro profissional, pois, me encontrei nas classes de EJA, descobri que esse é o caminho que pretendo seguir daqui para frente, alfabetização de jovens e adultos.
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sábado, 26 de junho de 2010
Resistência a tecnologia
Durante o período em que realizei meu estágio curricular, com uma turma de EJA - 1ª,2ª e 3ª etapas - alfabetização, apesar de deixar sempre claro aos alunos que a utilização do microcomputador como ferramenta para o aprendizado da leitura facilitaria o reconhecimento dos símbolos em materiais impressos, em razão da proximidade que esses tem com o computador e que a utilização desses recursos digitais além de interessantes para a aprendizagem da leitura e escrita, seriam necessários para torná-los alfabetizados digitais, as atividades que envolviam informática foram desprezadas pela maioria dos alunos. Mesmo assim, proporcionei atividades no laboratório de informática em quintas-feiras. No início, os alunos não sabiam como usar o mouse e não estabeleciam relação entre o movimento do mouse e o efeito do cursor na tela, mas pouco a pouco foram se habituando. Fiquei muito impressionada, pois, apesar da escola possuir dois laboratórios de informática, os alunos não utilizam-os, os primeiros contatos que tiveram com a tecnologia, creio, foram proporcionados por mim. Não é fácil conceber que num mundo tão informatizado, ainda existam pessoas que não tiveram nenhum contato com computadores.
Quadro silábico
Durante o período de estágio, não adotei nenhum método específico para a alfabetização de meus alunos, acabei utilizando o que julgava mais interessante dos métodos que conhecia. O nome das letras, seus respectivos sons, suas formas (maiúscula, minúscula e manuscrita) e a combinação das letras formando sílabas, foram técnicas bastante utilizadas em minhas aulas. A combinação das sílabas, para a construção de palavras, a análise da palavra num todo para chegar às partes que a compõem, criando novas palavras. A utilização de palavras geradoras para a descoberta das estruturas silábicas, a composição das famílias silábicas e a criação de novas palavras. Uma ferramenta muito utilizada e que provocou grande progresso na aprendizagem dos alunos, foi a utilização do quadro silábico. Nossas primeiras aulas foram em uma sala do segundo andar da escola, pelo fato de ser mais tranqüila, sem alunos e outras turmas no corredor. A sala era utilizada por duas classes de alfabetização de crianças nos turnos opostos, sendo que não tínhamos espaço para prender nossos materiais, desta forma, acabávamos utilizando os materiais confeccionados pelas professoras do turno inverso. O quadro silábico fazia parte deste material. Como em minha turma tinha alunos dos diferentes níveis de escrita, comecei a utilizá-lo em minhas explicações para os alunos mais adiantados e aos poucos fui introduzindo com os outros alunos, frente aos resultados positivos da utilização deste material. Percebi um salto no processo de aprendizagem dos alunos, o quadro silábico acabou virando uma espécie de fonte de consulta para eles, aos poucos os alunos foram se familiarizando com o quadro silábico, sendo que quando trocamos de sala de aula, para retornarmos ao piso térreo, a pedido de um aluno de minha turma por problemas de saúde, tive que construir com os alunos um quadro silábico da turma, à pedido deles, visto que em nossa nova sala não havia um.
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sábado, 19 de junho de 2010
Utilização de material concreto nas atividades de matemática
Em sua obra Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa, 1996, Paulo Freire defende a idéia de que o professor não deve transferir o seu conhecimento como um dono das verdades absolutas e inquestionáveis, mas criar possibilidades para que o aluno construa o seu próprio saber.
Partindo deste princípio e levando em consideração que precisaria desenvolver em meus alunos o gosto pela matemática, procurei, durante o período de estágio realizar atividades problematizadoras e utilizei muito o material concreto, através da manipulação da base 10.
A utilização do material concreto no ensino da matemática, permite que o aluno se torne agente ativo na construção de seu próprio conhecimento, pois, a manipulação, permite a visualização das ações e portanto a compreensão dos conceitos matemáticos. Além disso, o material concreto torna as aulas mais interativas, incentiva a busca, o interesse, a curiosidade e o espírito de investigação, a criação de hipóteses, a descoberta de soluções, enfim, viabiliza a aprendizagem através da construção e/ou reconstrução e ampliação de significados matemáticos. Outra vantagem do material concreto, é que ele permite além de visualizar a operação, voltar a estágios anteriores de raciocínio, o que se revela de difícil consecução apenas pelo cálculo abstrato.
Partindo deste princípio e levando em consideração que precisaria desenvolver em meus alunos o gosto pela matemática, procurei, durante o período de estágio realizar atividades problematizadoras e utilizei muito o material concreto, através da manipulação da base 10.
A utilização do material concreto no ensino da matemática, permite que o aluno se torne agente ativo na construção de seu próprio conhecimento, pois, a manipulação, permite a visualização das ações e portanto a compreensão dos conceitos matemáticos. Além disso, o material concreto torna as aulas mais interativas, incentiva a busca, o interesse, a curiosidade e o espírito de investigação, a criação de hipóteses, a descoberta de soluções, enfim, viabiliza a aprendizagem através da construção e/ou reconstrução e ampliação de significados matemáticos. Outra vantagem do material concreto, é que ele permite além de visualizar a operação, voltar a estágios anteriores de raciocínio, o que se revela de difícil consecução apenas pelo cálculo abstrato.
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sábado, 5 de junho de 2010
Refletindo sobre o estágio
Oito semanas de estágio, 25 noites de efetivo contato com os alunos, muitas experiências e reflexões, que levam a conclusão de que, promover com sucesso a alfabetização de alunos jovens e adultos e superar o analfabetismo são desafios que requerem muita atenção, cuidados e dedicação.
Inicialmente o educador precisa imergir na realidade a qual está atuando. Cada aluno é protagonista de histórias reais, valores éticos e morais formados a partir da experiência, do ambiente e da realidade cultural em que está inserido. São homens e mulheres com crenças e valores já constituídos, com históricos escolares, ritmos de aprendizagens e estruturas de pensamento completamente distintos. Pessoas que, geralmente apresentam características bem marcantes como baixa auto-estima e sentimentos de insegurança e de desvalorização pessoal frente aos novos desafios que se impõem, o que exige uma certa postura do educador para que situações de fracasso escolar não ocorram, promovendo a evasão escolar.
Frente a isto, um de meus maiores cuidados foi o de jamais propor algo que afastasse os alunos da escola. E confesso que executar o estágio conforme a UFRGS nos ensinou e solicita é bastante complicado, pois, por mais simples que pareça, provocar uma discussão e dela tirar um tema, assunto que seja de interesse, para realizar com a minha turma foi muito, muito difícil e desgastante. Como não estava atuando em sala de aula e não conhecia os alunos, suas histórias e curiosidades, utilizei os primeiros encontros para conhecê-los, fazer registros sobre suas realidades, curiosidades, interesses e expectativas. Quando iniciei as atividades, imaginava que seria muito mais fácil alfabetizar adultos do que crianças, e pensava também que seria bem simples construir um Projeto de Aprendizagem com eles, com o passar do tempo, percebi que estava muito enganada, pois, apesar de os alunos serem esforçados, terem mais experiências de vida do que as crianças, eles não são participativos, tem vergonha de se expôr, preferem ficar em silêncio e isso dificultou muito a construção de nosso Projeto de Aprendizagem. A primeira tentativa foi após as atividades da 18 º Feira do Livro de Sapiranga. No espetáculo Tangos e Tragédias existe o país Esbórnia, o qual tivemos a oportunidade de conhecê-lo durante a Feira, introduzi o assunto com os alunos e esperava que eles apresentassem durante o diálogo alguma curiosidade sobre o nosso mundo, país, estado, cidade, ou bairro. Apenas me disseram, durante o diálogo que queriam aprender "Matemática", "Ler" e "Escrever". Tentei incentivá-los elencando alguns temas, porém, não apresentaram curiosidades, não participaram do diálogo, ficaram mudos, fiquei muito frustrada, então, como não podia desistir, combinei que após o intervalo conversaríamos mais sobre o assunto e solicitei que pensassem a respeito. Após o intervalo comentei com eles que a turma da professora Kelli, que também é estagiária da UFRGS, havia escolhido o assunto (furacões). Pensei que surgiria algum tema, porém isso não ocorreu. Saí muito frustrada aquela noite da escola e pensei que não conseguiria encontrar uma saída. Passado alguns dias, para promover a segunda tentativa de iniciar um P.A. com a turma, apresentei aos alunos imagens variadas no Power Point (Planeta Terra, Sistema Solar, Água, Terremoto, Vulcão, Tornado, Animais diversos, Corpo Humano, Alimentos, Poluição, Natureza...) e perguntei individualmente aos alunos em relação as fotos que vimos, quais as nossas curiosidades a respeito desses assuntos, qual assunto que gostaríamos de trabalhar. Apesar da pouca participação e de muita insistência minha, conversamos sobre os assuntos e realizamos uma votação, sendo que o assunto escolhido foi MEIO AMBIENTE. Iniciados os trabalhos, percebi que não poderia aprofundar muito o assunto com os alunos, que o tema deveria ser simplificado ao máximo, desta forma, o caminho do P.A. foi o seguinte: compreender o que é meio ambiente, o que faz parte dele, qual a situação do meio ambiente, como devemos agir para termos um meio ambiente melhor. Embora o assunto seja interessante e eu tenha tomado todos os cuidados para simplificar ao máximo, afastando a idéia de uma desistência na turma, percebi que para eles, realmente o mais importante é conhecer as letras, ler e escrever, independente do assunto, tanto é que, foi muito difícil escolhê-lo. Se quisesse trabalhar as letras soltas, para eles, estaria tudo bem. Até mesmo a matemática, solicitada por um aluno, não parece ser tão importante para eles, mesmo percebendo que não reconhecem os números e não sabem calcular. Senti muita resistência no início, quando apresentava alguma atividade de matemática, sendo que precisei inseri-la aos poucos. Hoje, os alunos gostam das atividades de matemática e percebem sua importância.
Voltando ao assunto do P.A. nesta segunda-feira 07/06/2010, irei propor aos alunos a conclusão do texto em grupo, iniciado no laboratório de informática sobre o que aprendemos até o momento, para registrarmos em nosso P.A. Pretendo elaborar um mapa conceitual e perceber se é de interesse dos alunos continuar o assunto meio ambiente ou se desejam iniciar um novo P.A. Caso queiram continuar, temos muito assunto ainda, Morro Ferrabraz, por exemplo, caso contrário, finalizaremos o P.A., e iremos em busca de novos assuntos de interesse.
Inicialmente o educador precisa imergir na realidade a qual está atuando. Cada aluno é protagonista de histórias reais, valores éticos e morais formados a partir da experiência, do ambiente e da realidade cultural em que está inserido. São homens e mulheres com crenças e valores já constituídos, com históricos escolares, ritmos de aprendizagens e estruturas de pensamento completamente distintos. Pessoas que, geralmente apresentam características bem marcantes como baixa auto-estima e sentimentos de insegurança e de desvalorização pessoal frente aos novos desafios que se impõem, o que exige uma certa postura do educador para que situações de fracasso escolar não ocorram, promovendo a evasão escolar.
Frente a isto, um de meus maiores cuidados foi o de jamais propor algo que afastasse os alunos da escola. E confesso que executar o estágio conforme a UFRGS nos ensinou e solicita é bastante complicado, pois, por mais simples que pareça, provocar uma discussão e dela tirar um tema, assunto que seja de interesse, para realizar com a minha turma foi muito, muito difícil e desgastante. Como não estava atuando em sala de aula e não conhecia os alunos, suas histórias e curiosidades, utilizei os primeiros encontros para conhecê-los, fazer registros sobre suas realidades, curiosidades, interesses e expectativas. Quando iniciei as atividades, imaginava que seria muito mais fácil alfabetizar adultos do que crianças, e pensava também que seria bem simples construir um Projeto de Aprendizagem com eles, com o passar do tempo, percebi que estava muito enganada, pois, apesar de os alunos serem esforçados, terem mais experiências de vida do que as crianças, eles não são participativos, tem vergonha de se expôr, preferem ficar em silêncio e isso dificultou muito a construção de nosso Projeto de Aprendizagem. A primeira tentativa foi após as atividades da 18 º Feira do Livro de Sapiranga. No espetáculo Tangos e Tragédias existe o país Esbórnia, o qual tivemos a oportunidade de conhecê-lo durante a Feira, introduzi o assunto com os alunos e esperava que eles apresentassem durante o diálogo alguma curiosidade sobre o nosso mundo, país, estado, cidade, ou bairro. Apenas me disseram, durante o diálogo que queriam aprender "Matemática", "Ler" e "Escrever". Tentei incentivá-los elencando alguns temas, porém, não apresentaram curiosidades, não participaram do diálogo, ficaram mudos, fiquei muito frustrada, então, como não podia desistir, combinei que após o intervalo conversaríamos mais sobre o assunto e solicitei que pensassem a respeito. Após o intervalo comentei com eles que a turma da professora Kelli, que também é estagiária da UFRGS, havia escolhido o assunto (furacões). Pensei que surgiria algum tema, porém isso não ocorreu. Saí muito frustrada aquela noite da escola e pensei que não conseguiria encontrar uma saída. Passado alguns dias, para promover a segunda tentativa de iniciar um P.A. com a turma, apresentei aos alunos imagens variadas no Power Point (Planeta Terra, Sistema Solar, Água, Terremoto, Vulcão, Tornado, Animais diversos, Corpo Humano, Alimentos, Poluição, Natureza...) e perguntei individualmente aos alunos em relação as fotos que vimos, quais as nossas curiosidades a respeito desses assuntos, qual assunto que gostaríamos de trabalhar. Apesar da pouca participação e de muita insistência minha, conversamos sobre os assuntos e realizamos uma votação, sendo que o assunto escolhido foi MEIO AMBIENTE. Iniciados os trabalhos, percebi que não poderia aprofundar muito o assunto com os alunos, que o tema deveria ser simplificado ao máximo, desta forma, o caminho do P.A. foi o seguinte: compreender o que é meio ambiente, o que faz parte dele, qual a situação do meio ambiente, como devemos agir para termos um meio ambiente melhor. Embora o assunto seja interessante e eu tenha tomado todos os cuidados para simplificar ao máximo, afastando a idéia de uma desistência na turma, percebi que para eles, realmente o mais importante é conhecer as letras, ler e escrever, independente do assunto, tanto é que, foi muito difícil escolhê-lo. Se quisesse trabalhar as letras soltas, para eles, estaria tudo bem. Até mesmo a matemática, solicitada por um aluno, não parece ser tão importante para eles, mesmo percebendo que não reconhecem os números e não sabem calcular. Senti muita resistência no início, quando apresentava alguma atividade de matemática, sendo que precisei inseri-la aos poucos. Hoje, os alunos gostam das atividades de matemática e percebem sua importância.
Voltando ao assunto do P.A. nesta segunda-feira 07/06/2010, irei propor aos alunos a conclusão do texto em grupo, iniciado no laboratório de informática sobre o que aprendemos até o momento, para registrarmos em nosso P.A. Pretendo elaborar um mapa conceitual e perceber se é de interesse dos alunos continuar o assunto meio ambiente ou se desejam iniciar um novo P.A. Caso queiram continuar, temos muito assunto ainda, Morro Ferrabraz, por exemplo, caso contrário, finalizaremos o P.A., e iremos em busca de novos assuntos de interesse.
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domingo, 23 de maio de 2010
Colhendo os frutos do trabalho
Essa semana foi simplesmente fantástica ! Uma das alunas de minha turma, que no início do estágio não conhecia as letras, começou a ler e escrever. Confesso que fiquei muito surpresa, pois, imaginava que levaria muito mais tempo para que isso acontecesse com ela. É uma emoção muito grande ver o retorno do meu trabalho. Tenho me esforçado muito para proporcionar aprendizagens prazerosas aos alunos. Na medida em que percebo o que é interessante à eles, vou proporcionado. Por exemplo: a sala que utilizamos é utilizada nos turnos manhã e tarde por classes de alfabetização de crianças, desta forma, ela é abarrotada de materiais: alfabetos, quadro silábico. Aproveito este material com os meus alunos. Percebia que o quadro silábico era algo muito complicado à eles, pois, ele assusta um pouco, tem muita coisa escrita. Desta forma, tentei familiarizá-los aos poucos com ele, mostrando de vez em quando uma sílaba ou família silábica no quadro silábico, durante uma explicação, sendo que esta semana, fiz um quadro silábico colorido e dei de presente a cada aluno, mas, antes de entregar à eles, mostrei o quadro silábico na tela, com auxílio do retroprojetor e ensinei a sua utilização, fizemos a leitura em conjunto, depois brinquei com os alunos, apontando as sílabas e eles deveriam ler que sílaba estava escrita. Após, cada um precisava formar palavras simples, utilizando as sílabas do seu quadro silábico. Foi neste momento que a aluna Catarina revelou o seu progresso, pois, ela escreveu mais de 20 palavras e leu todas elas, rapidamente. Palavras como (bota, sapato, sabonete, entre outras). Na aula anterior, percebi sua evolução durante a leitura de um texto, ela já reconhecia as sílabas e lia algumas palavras simples. Foi muito emocionante, é muito bom perceber que com nosso esforço conseguimos melhorar de alguma forma a vida das pessoas, e é exatamente este sentimento que tive, ao ver a alegria desta aluna, percebendo suas conquistas !
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sábado, 15 de maio de 2010
Mídias e Tecnologias Digitais em Espaços Escolares
Esta semana iniciei uma nova interdisciplina, “Mídias e Tecnologias Digitais em Espaços Escolares”. Espero aprender novas técnicas nesta interdisciplina, para utilizá-las em sala de aula, pois, novas tecnologias estão presentes na vida diária das pessoas e é impossível ignorarmos isto, bem como, deixar de reconhecer os benefícios da informática na educação.
Penso que, com a utilização do computador em sala de aula, é possível dinamizar o processo de ensino-aprendizagem com aulas motivadoras, mais criativas e que despertem nos alunos a curiosidade e o desejo de aprender, conhecer e fazer novas descobertas. Os recursos que a tecnologia oferece, oportunizam a realização das mais variadas tarefas: fazer pesquisas, efetuar cálculos, redigir textos, criar desenhos, enfim, existem vários tipos de softwares que podem ser utilizados na educação, auxiliando no processo de ensino aprendizagem, oportunizando a formação de alunos mais críticos, bem como, promovendo a formação de indivíduos e sua inserção na sociedade atual.
Infelizmente, ainda não consegui convencer meus alunos da classe de alfabetização de jovens e adultos o quão importante seria para o progresso da aprendizagem deles se participassem das atividades realizadas no laboratório de informática. O que me deixa feliz é que os dois alunos que estão freqüentando as aulas no laboratório adoram as atividades e não faltam uma aula. Penso que até o final do meu estágio conseguirei convencer os demais a participarem das atividades. O que tenho feito é levar o notebook à sala de aula para além de deixá-los um pouco mais familiarizados com esse “monstro” que parecem ter tanto medo, mostrar um pouco de sua utilidade, já que ainda não consegui convencê-los a irem de livre e espontânea vontade ao laboratório de informática. No início do estágio pensei que conseguiria progredir mais com meus alunos e esperava realizar tarefas como a criação de emails e um blog da turma, hoje, conhecendo melhor a turma, percebo que estas são tarefas que talvez não consiga realizar com eles, porém, acredito que esta nova interdisciplina me auxiliará a encontrar novas alternativas para serem trabalhadas com minha turma.
Penso que, com a utilização do computador em sala de aula, é possível dinamizar o processo de ensino-aprendizagem com aulas motivadoras, mais criativas e que despertem nos alunos a curiosidade e o desejo de aprender, conhecer e fazer novas descobertas. Os recursos que a tecnologia oferece, oportunizam a realização das mais variadas tarefas: fazer pesquisas, efetuar cálculos, redigir textos, criar desenhos, enfim, existem vários tipos de softwares que podem ser utilizados na educação, auxiliando no processo de ensino aprendizagem, oportunizando a formação de alunos mais críticos, bem como, promovendo a formação de indivíduos e sua inserção na sociedade atual.
Infelizmente, ainda não consegui convencer meus alunos da classe de alfabetização de jovens e adultos o quão importante seria para o progresso da aprendizagem deles se participassem das atividades realizadas no laboratório de informática. O que me deixa feliz é que os dois alunos que estão freqüentando as aulas no laboratório adoram as atividades e não faltam uma aula. Penso que até o final do meu estágio conseguirei convencer os demais a participarem das atividades. O que tenho feito é levar o notebook à sala de aula para além de deixá-los um pouco mais familiarizados com esse “monstro” que parecem ter tanto medo, mostrar um pouco de sua utilidade, já que ainda não consegui convencê-los a irem de livre e espontânea vontade ao laboratório de informática. No início do estágio pensei que conseguiria progredir mais com meus alunos e esperava realizar tarefas como a criação de emails e um blog da turma, hoje, conhecendo melhor a turma, percebo que estas são tarefas que talvez não consiga realizar com eles, porém, acredito que esta nova interdisciplina me auxiliará a encontrar novas alternativas para serem trabalhadas com minha turma.
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domingo, 9 de maio de 2010
Passos lentos
O tempo vai passando, as experiências vão ocorrendo e cada vez fico mais impressionada com a realidade dos alunos de EJA. Tinha uma impressão bem diferente desta realidade. Essa semana conversei bastante com os alunos, eles disseram que gostam das aulas e que ficam tristes em saber que logo essa realidade que estão vivenciando acabará. Notei que os alunos estão progredindo, porém, fico espantanda que o processo é muito lento. A turma é pequena, atualmente estão frequentando as aulas 7 alunos: Natair, Natalino, Valdair, Catarina, Maria, Lidiane e Dejanira. Em conversa com a supervisora de EJA da Secretaria de Educação, descobri que em outras escolas o número de alunos é ainda menor, 3 alunos em turma. Percebo que turmas de alfabetização de EJA devem ser pequenas, no máximo 15 alunos e olhe lá....se com minha turma, sinto que saio exausta de tanto que exigem de mim, que dependem de mim, não consigo imaginar se tivesse uma turma maior ! Eles são muito dependentes, inseguros, são acostumados ao ensino tradicional e temem que atividades mais descontraídas não oportunizarão bons resultados. Descobri que 4 alunos da minha turma frequentaram apenas alguns meses a 1ª série quando crianças, 1 aluna além de ter frequentado a 1ª série por poucos meses quando criança, cursou alguns meses o MOVA agora depois de adulta, outra aluna não possui experiência alguma de escola, ano passado frequentou algum tempo e desistiu, porém este ano está bastante interessada. Tenho insistido muito para eles participarem das atividades no laboratório de informática, porém apenas dois alunos compareceram nas noites que fomos, parece que os outros tem medo do computador ! Para quebrar um pouco o gelo, em duas oportunidades já levei o notebook para a sala de aula, na aula em que apresentei um Power Point, com gravuras para que pudéssemos definir nosso Projeto de Aprendizagem e na aula em que trabalhamos a música Planeta Azul.
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domingo, 2 de maio de 2010
Projeto de Aprendizagem, mais uma tentativa !!!
Nesta segunda-feira, novamente tentaremos construir nosso Projeto de Aprendizagem, para isto, pensei em desenvolver a seguinte técnica: apresentar aos alunos imagens variadas no Power Point ( Planeta Terra, Sistema Solar, Água, Terremoto, Vulcão, Tornado, Animais diversos, Corpo Humano, Alimentos, Poluição, Natureza...) e desenvolver um diálogo sobre o que vemos, o que sabemos, quais as nossas curiosidades a respeito desses assuntos, enfim, como na primeira tentativa de construir o P.A., os alunos não pensavam em assunto algum, achei que se trouxesse para sala de aula vários assuntos, talvez auxiliasse na escolha de um. Espero que esta técnica não os confunda e sim, que definam em algum assunto interessante, pois, estou muito angustiada de ainda não terem definido um assunto para o P.A.
Quando iniciei as atividades na EJA, imaginava que seria muito mais fácil alfabetizar adultos do que crianças, e pensava também que seria bem simples construir um Projeto de Aprendizagem com eles, hoje, percebo que estava muito enganada, pois, apesar de os alunos serem esforçados, terem mais experiências de vida do que as crianças, eles não são muito participativos, tem vergonha de se expôr, preferem ficar em silêncio.
Quando iniciei as atividades na EJA, imaginava que seria muito mais fácil alfabetizar adultos do que crianças, e pensava também que seria bem simples construir um Projeto de Aprendizagem com eles, hoje, percebo que estava muito enganada, pois, apesar de os alunos serem esforçados, terem mais experiências de vida do que as crianças, eles não são muito participativos, tem vergonha de se expôr, preferem ficar em silêncio.
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quarta-feira, 28 de abril de 2010
Que aula surpreendente a de hoje !!!
A noite de hoje merece um espaço no blog !
A aula de hoje foi o nosso sétimo encontro: tivemos quatro noites de aula em sala de aula, uma noite no laboratório de informática e duas noites fomos assistir aos espetáculos da 18º Feira do Livro de Sapiranga. Percebo que os alunos estão muito acostumados ao ensino tradicional e apresentam resistência ao novo, prova disso é o fato de apenas uma aluna ter participado de todas as atividades, os demais alunos não participaram da ida a Feira do Livro, nem da atividade no laboratório de informática. Apenas um aluno participou da atividade no laboratório de informática, além da aluna mencionada anteriormente, talvez ele tenha faltado na Feira do Livro por não ter recebido a permissão da mãe, esse aluno tem 30 anos, toma medicamento, não trabalha, mora com a mãe, enfim, é um caso de inclusão.
Bem, mas voltando ao que me levou a escrever essa postagem, a aula de hoje....saí muito frustrada e me questionando da escola hoje, pois, meu objetivo era iniciar o Projeto de Aprendizagem com a turma, pois, os primeiros encontros objetivavam a integração e uma espécie de sondagem, sendo que utilizando os dois espetáculos assistidos na Feira, introduziria o que é um Projeto de Aprendizagem e elaboraríamos o nosso em grupo. O que ocorreu é que os alunos me disseram, durante o diálogo que querem LER, ESCREVER e aprender MATEMÁTICA. Mesmo insistindo muito, oferecendo alguns assuntos, não consegui que falassem o que desperta sua curiosidade, o que gostariam de aprender. Como fiquei insistindo e mesmo assim, apresentaram-se calados, falei que era importante que eu soubesse que assuntos eles gostariam de trabalhar, quais suas curiosidades e que mais tarde retomaríamos este diálogo. Então, resolvi desenvolver uma atividade com material dourado que havia planejado para a semana anterior que não executei pelo número de alunos faltantes. Fomos a ludoteca da escola, e lá pude perceber que os alunos tem medo de que as atividades não resultem em aprendizagem. Apresentei o material dourado e fiz algumas atividades e jogos, mas, apesar de participarem, queriam retornar a sala de aula e fazer o “B” + “A” = “BA”. Então conversei bastante com eles e expliquei que não deveriam sentir-se com medo de desenvolver atividades que não fossem as tradicionais, que eu havia percebido que eles estavam com medo de que com atividades concretas e jogos não aprenderiam a ler e escrever, foi muito engraçado, pois eles afirmaram que era isso mesmo que sentiam. Espero que com o tempo eles percebam que desta forma progredirão muito mais rápido.
Voltando a sala após o intervalo, comentei que a turma da professora Kelli havia iniciado o seu P.A. e que fariam sobre “FURACÕES”, pensei que a turma mencionaria algum assunto que surgisse, porém, novamente silêncio total, cheguei a ouvir de um aluno que ele não é uma pessoa curiosa ! Enfim, meus alunos, apesar de queridíssimos e da ótima relação que temos, são muito “travados”, aceitam com facilidade o tradicional e apesar de realizarem as tarefas, apresentam resistência ao que difere do tradicional, por eles, trabalharíamos a alfabetização da maneira mais tradicional e antiga possível !
Amanhã (quinta-feira) teremos atividade no laboratório de informática, espero que tenha conseguido incentivar os alunos que não estiveram presentes no primeiro encontro a participarem! Aliás, se vierem será uma grande conquista, pois, as atividades de EJA, são em segundas, terças e quartas, eles não tem aula em quintas e sextas, porém, para a realização de meu estágio combinei com o vice diretor, com os professores da UFRGS e com meus alunos que em quintas feiras desenvolveríamos atividades no laboratório de informática. Aliás, durante nossas conversas na aula de hoje, comentei que no computador poderíamos realizar várias atividades que desenvolveríamos a leitura e escrita e que a aula seria riquíssima, que aprenderiam muito e que não havia necessidade de sentirem-se envergonhados (aliás, percebo que não tem vergonha de mim, já sentem-se acolhidos e seguros), que eu mostraria todas as partes de um computador, estaria sempre ao lado deles e que não precisariam preocupar-se que não correriam o risco de estragar o computador (medo deles).
Enfim, por hoje, este é o meu desabafo, espero que em minha próxima postagem possa escrever que me surpreendi com a presença de vários alunos na aula de informática, dentre outras coisas....e que na próxima segunda consiga iniciar com a turma a elaboração de nosso P.A. com um assunto bem envolvente e dentro da curiosidade de todos.
A aula de hoje foi o nosso sétimo encontro: tivemos quatro noites de aula em sala de aula, uma noite no laboratório de informática e duas noites fomos assistir aos espetáculos da 18º Feira do Livro de Sapiranga. Percebo que os alunos estão muito acostumados ao ensino tradicional e apresentam resistência ao novo, prova disso é o fato de apenas uma aluna ter participado de todas as atividades, os demais alunos não participaram da ida a Feira do Livro, nem da atividade no laboratório de informática. Apenas um aluno participou da atividade no laboratório de informática, além da aluna mencionada anteriormente, talvez ele tenha faltado na Feira do Livro por não ter recebido a permissão da mãe, esse aluno tem 30 anos, toma medicamento, não trabalha, mora com a mãe, enfim, é um caso de inclusão.
Bem, mas voltando ao que me levou a escrever essa postagem, a aula de hoje....saí muito frustrada e me questionando da escola hoje, pois, meu objetivo era iniciar o Projeto de Aprendizagem com a turma, pois, os primeiros encontros objetivavam a integração e uma espécie de sondagem, sendo que utilizando os dois espetáculos assistidos na Feira, introduziria o que é um Projeto de Aprendizagem e elaboraríamos o nosso em grupo. O que ocorreu é que os alunos me disseram, durante o diálogo que querem LER, ESCREVER e aprender MATEMÁTICA. Mesmo insistindo muito, oferecendo alguns assuntos, não consegui que falassem o que desperta sua curiosidade, o que gostariam de aprender. Como fiquei insistindo e mesmo assim, apresentaram-se calados, falei que era importante que eu soubesse que assuntos eles gostariam de trabalhar, quais suas curiosidades e que mais tarde retomaríamos este diálogo. Então, resolvi desenvolver uma atividade com material dourado que havia planejado para a semana anterior que não executei pelo número de alunos faltantes. Fomos a ludoteca da escola, e lá pude perceber que os alunos tem medo de que as atividades não resultem em aprendizagem. Apresentei o material dourado e fiz algumas atividades e jogos, mas, apesar de participarem, queriam retornar a sala de aula e fazer o “B” + “A” = “BA”. Então conversei bastante com eles e expliquei que não deveriam sentir-se com medo de desenvolver atividades que não fossem as tradicionais, que eu havia percebido que eles estavam com medo de que com atividades concretas e jogos não aprenderiam a ler e escrever, foi muito engraçado, pois eles afirmaram que era isso mesmo que sentiam. Espero que com o tempo eles percebam que desta forma progredirão muito mais rápido.
Voltando a sala após o intervalo, comentei que a turma da professora Kelli havia iniciado o seu P.A. e que fariam sobre “FURACÕES”, pensei que a turma mencionaria algum assunto que surgisse, porém, novamente silêncio total, cheguei a ouvir de um aluno que ele não é uma pessoa curiosa ! Enfim, meus alunos, apesar de queridíssimos e da ótima relação que temos, são muito “travados”, aceitam com facilidade o tradicional e apesar de realizarem as tarefas, apresentam resistência ao que difere do tradicional, por eles, trabalharíamos a alfabetização da maneira mais tradicional e antiga possível !
Amanhã (quinta-feira) teremos atividade no laboratório de informática, espero que tenha conseguido incentivar os alunos que não estiveram presentes no primeiro encontro a participarem! Aliás, se vierem será uma grande conquista, pois, as atividades de EJA, são em segundas, terças e quartas, eles não tem aula em quintas e sextas, porém, para a realização de meu estágio combinei com o vice diretor, com os professores da UFRGS e com meus alunos que em quintas feiras desenvolveríamos atividades no laboratório de informática. Aliás, durante nossas conversas na aula de hoje, comentei que no computador poderíamos realizar várias atividades que desenvolveríamos a leitura e escrita e que a aula seria riquíssima, que aprenderiam muito e que não havia necessidade de sentirem-se envergonhados (aliás, percebo que não tem vergonha de mim, já sentem-se acolhidos e seguros), que eu mostraria todas as partes de um computador, estaria sempre ao lado deles e que não precisariam preocupar-se que não correriam o risco de estragar o computador (medo deles).
Enfim, por hoje, este é o meu desabafo, espero que em minha próxima postagem possa escrever que me surpreendi com a presença de vários alunos na aula de informática, dentre outras coisas....e que na próxima segunda consiga iniciar com a turma a elaboração de nosso P.A. com um assunto bem envolvente e dentro da curiosidade de todos.
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segunda-feira, 26 de abril de 2010
Segunda semana de aula
Esta última semana tivemos atividades em sala de aula somente na segunda-feira e na terça-feira, quarta-feira foi feriado e na quinta-feira e sexta-feira levamos os alunos de toda a escola na 18° Feira do Livro de Sapiranga.
Segunda-feira conversamos muito sobre as profissões deles, realizamos todas as atividades propostas e formamos muitas palavras em grupo, para terminar a aula de maneira prazerosa, jogamos uma partida de bingo e percebi que os alunos não conhecem os números, na verdade esta atividade era uma sondagem, foi muito interessante para mim.
A idéia, na terça-feira, era de manipular o Material Dourado, como muitos alunos não vieram, resolvi alterar as atividades e deixar para trabalhar com o Material Dourado quando a turma estiver toda presente, desta forma, corrigimos as atividades da aula anterior e formamos várias palavras, em duplas, com o Jogo das Sílabas (sílabas em madeira), foi muito interessante a aula, trabalhei bastante com todas as duplas e pude perceber que apesar de termos poucos encontros, notei uma grande evolução nos alunos. A quinta-feira, apesar de ser muito interessante pela proposta, me deixou triste, pois, apenas uma aluna esteve presente, mesmo assim, fomos até a Feira do Livro assistir o Grupo Tholl, foi incrível, ela adorou, parecia uma criança, tiramos fotos ! Na sexta-feira novamente apenas a mesma aluna compareceu, como a Escola toda iria novamente à feira, como na noite anterior, fomos assistir ao espetáculo Tangos e Tragédias, minha aluna não entendeu muito o espetáculo, mas gostou de ir à Feira. Fiquei triste pelo fato dos outros alunos não terem ido, ainda mais que queria aproveitar o gancho da Feira para iniciar o nosso P.A.
Segunda-feira conversamos muito sobre as profissões deles, realizamos todas as atividades propostas e formamos muitas palavras em grupo, para terminar a aula de maneira prazerosa, jogamos uma partida de bingo e percebi que os alunos não conhecem os números, na verdade esta atividade era uma sondagem, foi muito interessante para mim.
A idéia, na terça-feira, era de manipular o Material Dourado, como muitos alunos não vieram, resolvi alterar as atividades e deixar para trabalhar com o Material Dourado quando a turma estiver toda presente, desta forma, corrigimos as atividades da aula anterior e formamos várias palavras, em duplas, com o Jogo das Sílabas (sílabas em madeira), foi muito interessante a aula, trabalhei bastante com todas as duplas e pude perceber que apesar de termos poucos encontros, notei uma grande evolução nos alunos. A quinta-feira, apesar de ser muito interessante pela proposta, me deixou triste, pois, apenas uma aluna esteve presente, mesmo assim, fomos até a Feira do Livro assistir o Grupo Tholl, foi incrível, ela adorou, parecia uma criança, tiramos fotos ! Na sexta-feira novamente apenas a mesma aluna compareceu, como a Escola toda iria novamente à feira, como na noite anterior, fomos assistir ao espetáculo Tangos e Tragédias, minha aluna não entendeu muito o espetáculo, mas gostou de ir à Feira. Fiquei triste pelo fato dos outros alunos não terem ido, ainda mais que queria aproveitar o gancho da Feira para iniciar o nosso P.A.
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sexta-feira, 16 de abril de 2010
Primeira semana de aula:
A primeira semana de aula foi muito interessante. Na segunda-feira, primeiro dia de aula, acabei apenas observando a turma, pois, a professora titular pediu para terminar algumas atividades ! Confesso que fiquei muito surpresa, pois, os alunos ficaram, sem assessoria alguma, apenas recortando e colando no caderno palavras que iniciavam com (BA,BE,BI,BO,BU), enquanto que o restante da turma lia uma história e ensaiava uma apresentação. Sem auxílio algum, nem mesmo sabendo o objetivo deste exercício, será que esta atividade foi útil à eles ? Sinceramente acho que não !
Terça-feira iniciei minhas atividades com os alunos. Meus alunos são: Catarina, Dejanira, Francisco, Lidiana, Maria, Natair, Natalino e Valdair.
Nestes primeiros instantes, como a turma é pequena, foi fácil perceber um pouquinho de cada aluno. O Natalino e a Maria sabem ler, mas não escrevem ainda. Catarina, Francisco e Natair são bastante esforçados. Dejanira e Valdair parecem ser casos de inclusão.
Os alunos realmente querem aprender e são muito esforçados. Participam das atividades, apesar de demonstrarem muitas dificuldades. Nunca imaginei que fosse tão difícil ! Pela pouca experiência que tive com educação infantil e 1ª série, acho que é muito mais fácil trabalhar com crianças, penso que elas entendem mais facilmente as atividades, ao menos esta foi a reflexão que fiz esta semana.
Fiquei pensando como é ruim para os alunos serem atendidos junto com alunos já alfabetizados numa mesma sala de aula. Esses pequenos momentos que tive com eles esta semana, mostraram o quanto eles precisam ser atendidos individualmente, quanta dificuldade apresentam, como precisam de ajuda.
As atividades propostas foram pensadas com muito carinho e reflexão, na medida em que vou percebendo as dificuldades e necessidades irei alterando a maneira de trabalhar com cada aluno. Esta semana foi interessante para sondar cada aluno.
Terça-feira iniciei minhas atividades com os alunos. Meus alunos são: Catarina, Dejanira, Francisco, Lidiana, Maria, Natair, Natalino e Valdair.
Nestes primeiros instantes, como a turma é pequena, foi fácil perceber um pouquinho de cada aluno. O Natalino e a Maria sabem ler, mas não escrevem ainda. Catarina, Francisco e Natair são bastante esforçados. Dejanira e Valdair parecem ser casos de inclusão.
Os alunos realmente querem aprender e são muito esforçados. Participam das atividades, apesar de demonstrarem muitas dificuldades. Nunca imaginei que fosse tão difícil ! Pela pouca experiência que tive com educação infantil e 1ª série, acho que é muito mais fácil trabalhar com crianças, penso que elas entendem mais facilmente as atividades, ao menos esta foi a reflexão que fiz esta semana.
Fiquei pensando como é ruim para os alunos serem atendidos junto com alunos já alfabetizados numa mesma sala de aula. Esses pequenos momentos que tive com eles esta semana, mostraram o quanto eles precisam ser atendidos individualmente, quanta dificuldade apresentam, como precisam de ajuda.
As atividades propostas foram pensadas com muito carinho e reflexão, na medida em que vou percebendo as dificuldades e necessidades irei alterando a maneira de trabalhar com cada aluno. Esta semana foi interessante para sondar cada aluno.
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sábado, 10 de abril de 2010
Desespero
Na última quinta-feira, tivemos mais um encontro presencial ! Se no outro que tivemos já estávamos assustadas, nesse então, nao sei qual o conceito dar ao ataque de nervos que tive. Os professores e supervisores se apresentaram e a professora Glades fez a apresentação de como deverá ser nosso estágio. A cada palavra que ela mencionava, eu e minha parceira Kelli, nos assustávamos ainda mais. No final da apresetnação, as alunas foram convidadas à se reunirem com seus supervisores de estágio. Fiquei tão tensa que comecei a chorar desesperadamente, com a idéia fixa de desistir naquela instante do estágio. Meu desepero era tão grande que não tive condições de me acalmar e sequer conhecer minha supervisora de estágio. Minha salvação foi a Kelli, que conversou com nossa supervisora, explicou a situação e combinou alguns detalhes. Passado o ataque, hoje, sábado, consegui visualizar um pouco melhor meu estágio, o caminho a seguir e consegui inclusive organizar meu pbwiki, conforme orientações dos tutores, esboçar uma idéia de arquitetura pedagógica e de projeto de estágio (carta de intenções). Enfim, aos poucos as coisas vão se ajeitando ! Espero que supervisores, tutores, professores, alunos, companheiros, familiares e amigos tenham o dobro de paciência durante este período tão delicado. É como já expliquei ao professor Crediné (durante o meu ataque na quinta) para as outras colegas, não será tão complicado, pois, o estágio delas será realizado durante o período de trabalho, diferente de eu e Kelli, que teremos que continuar nossa jornada de trabalho de 40 horas semanais e realizar o nosso estágio no turno da noite, desta forma, que tempo nos resta para o planejamento das aulas, espaço para reflexões, atualização do portfólio, manutenção do pbwiki e construção do projeto de estágio....AI MEU DEUS...por isso meu desespero !!!!
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Um novo encontro
Mais uma noite, eu e aminha parceira de estágio, a Kelli, resolvemos ir à escola. Desta vez, conforme combinado em nosso último encontro com a professora titular, realizaríamos uma atividade de integração com a turma, para aos poucos, irmos nos soltando, tanto nós, estagiárias, como eles, nossas queridas cobaias !!!
Chegamos na escola e fomos mais uma vez, muito bem recebidas. Convidamos a turma e a professora titular, que fez questão de participar da atividade, para saírmos e realizarmos a atividade no pátio da escola. Solicitamos que todos ficassem em círculo, explicamos a brincadeira e começamos a nos divertir. A brincadeira era a da "Teia de aranha", a estagiária Kelli Caroline Mattes começou a brincadeira segurando a ponta do novelo de lã e fazendo uma breve apresentação, depois, escolheu um aluno, jogou o novelo em sua direção e este, teve que fazer o mesmo, segurar a lã e fazer a sua apresentação, desta forma, todos se apresentaram, um a um, inclusive a professora titular e eu. Enquanto cada um fazia timidamente a sua apresentação, orientados e instigados pela Kelli, eu fazia minuciosamente as anotações de nossos queridos alunos. Foi emocionante ! Saímos emocionadas da atividade ! Os alunos são fantásticos e esperam muito de nós, e isso nos assusta em parte.
Chegamos na escola e fomos mais uma vez, muito bem recebidas. Convidamos a turma e a professora titular, que fez questão de participar da atividade, para saírmos e realizarmos a atividade no pátio da escola. Solicitamos que todos ficassem em círculo, explicamos a brincadeira e começamos a nos divertir. A brincadeira era a da "Teia de aranha", a estagiária Kelli Caroline Mattes começou a brincadeira segurando a ponta do novelo de lã e fazendo uma breve apresentação, depois, escolheu um aluno, jogou o novelo em sua direção e este, teve que fazer o mesmo, segurar a lã e fazer a sua apresentação, desta forma, todos se apresentaram, um a um, inclusive a professora titular e eu. Enquanto cada um fazia timidamente a sua apresentação, orientados e instigados pela Kelli, eu fazia minuciosamente as anotações de nossos queridos alunos. Foi emocionante ! Saímos emocionadas da atividade ! Os alunos são fantásticos e esperam muito de nós, e isso nos assusta em parte.
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quarta-feira, 24 de março de 2010
Primeira impressão
Nesta terça feira 22/03/2010 fiz uma visita na escola onde será realizado o meu estágio. Aproveitei para tirar muitas fotos, conversar com o secretário da escola, com a minha professora titular e acabei conhecendo os alunos, a sala de aula e participando um pouco da aula.
Gostei muito da professora titular. O nome dela é Lilian e ela é formada em Pedagogia. Ela trabalha com muita música, histórias em quadrinhos, jornais, propagandas de supermercado, jogos, entre outros materiais atraentes. A avaliação da aprendizagem é feita através de ditados, textos, entre outras atividades. Apaixonada pelo que faz e também por Paulo Freire, sua aula não poderia ter sido mais atraente.Após uma boa conversa antes do início da aula, ela me convidou para conhecer a turma e participar um pouco da aula. A turma é maravilhosa, são 30 alunos matriculados, porém não estavam todos presentes, inclusive eles combinaram de na hora do intervalo, realizar visitas em algumas casas, incentivando alguns conhecidos do ano anterior a retornarem a escola !
Na sala de aula, eles estão distribuidos em duplas, são calmos, a maioria trabalhadores e a professora procura instigar a participação de todos durante as atividades. A aula, como comentei anteriormente, foi bem atraente aos alunos. A professora trouxe palavras escritas em cartolina, distribuiu entre os alunos e em grande grupo precisaram organizar as palavras e descobrir a frase. A frase era "O coração é uma coisa que não pode ficar vazia.", desta forma, após os alunos descobrirem a frase correta através da organização das palavras, eles foram convidados a encherem um coração com palavras. Neste momento retirei-me da sala de aula para deixá-los à vontade. A professora está tão feliz de receber estagiária e tem tanta vontade de ajudar, que me convidou para participar da aula na quinta-feira à noite.
Gostei muito da professora titular. O nome dela é Lilian e ela é formada em Pedagogia. Ela trabalha com muita música, histórias em quadrinhos, jornais, propagandas de supermercado, jogos, entre outros materiais atraentes. A avaliação da aprendizagem é feita através de ditados, textos, entre outras atividades. Apaixonada pelo que faz e também por Paulo Freire, sua aula não poderia ter sido mais atraente.Após uma boa conversa antes do início da aula, ela me convidou para conhecer a turma e participar um pouco da aula. A turma é maravilhosa, são 30 alunos matriculados, porém não estavam todos presentes, inclusive eles combinaram de na hora do intervalo, realizar visitas em algumas casas, incentivando alguns conhecidos do ano anterior a retornarem a escola !
Na sala de aula, eles estão distribuidos em duplas, são calmos, a maioria trabalhadores e a professora procura instigar a participação de todos durante as atividades. A aula, como comentei anteriormente, foi bem atraente aos alunos. A professora trouxe palavras escritas em cartolina, distribuiu entre os alunos e em grande grupo precisaram organizar as palavras e descobrir a frase. A frase era "O coração é uma coisa que não pode ficar vazia.", desta forma, após os alunos descobrirem a frase correta através da organização das palavras, eles foram convidados a encherem um coração com palavras. Neste momento retirei-me da sala de aula para deixá-los à vontade. A professora está tão feliz de receber estagiária e tem tanta vontade de ajudar, que me convidou para participar da aula na quinta-feira à noite.
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terça-feira, 23 de março de 2010
Auxílio de todos os lados !!!
Parece que aos poucos ao coisas vão se ajeitando e vamos percebendo que tudo tem jeito ! Ontem ao meio dia tive a sorte de reencontrar uma colega de trabalho de uma escola lá de Araricá. Conversamos um pouco e ela combinou de me auxiliar na busca por materiais para o meu estágio, pois, como já verifiquei, material para Educação de Jovens e Adultos não é algo fácil de encontrar ! Qual não foi minha surpresa quando uma hora mais tarde surge uma moça muito simpática em meu local de trabalho, se apresentando como professora de EJA e se colocando à disposição ! Foi Deus quem a mandou....não, não, foi a minha colega Cléria que já estava executando o prometido !!! Enfim, acabou que eu e a Kelli, minha parceira de curso e de aventuras no EJA, combinamos de fazer uma visita na escola dessa professora à noite. Mais tarde chegamos na escola e a professora Vlade nos recebeu muito carinhosamente na biblioteca da escola, oferecendo uma quantidade inimaginável de materiais. Pegamos emprestados alguns livros que serão super úteis nessa jornada que já se iniciou. O momento foi muito agradável, pois, percebemos que a professora Vlade ama o que faz e tem muito a nos oferecer. Percebemos também, que nosso curso oportunizou aprendizagens que serão interessantes para essa colega, desta forma, também nos sentiremos úteis, e poderemos realizar muitas trocas !
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sábado, 20 de março de 2010
Estágio !!!
Aproveitarei este espaço, hoje, como uma espécie de desabafo, uma página de diário. Nesta quinta-feira (18/03/2010), reiniciaram nossos encontros presenciais do PEAD. Muitas são as expectativas, pois, dentro de alguns dias, estarei novamente atuando em sala de aula, pois, como todos sabem, não estou trabalhando em escola. Foi muito interessante o reencontro com tutores, professores e coordenadores de curso e estágio. E, apesar de todos estarem muito dispostos a nos auxiliarem em mais essa empreitada, percebo que todos alunos estão apreensivos com o estágio e trabalho de conclusão ! Eu e minha irmã, então, penso sermos as alunas mais perdidas do pólo, uma vez que teremos que trabalhar normalmente nossas mais de 40 horas semanais em nossos respectivos locais de trabalho e realizarmos o nosso estágio com Educação de Jovens e Adultos, algo totalmente novo para nós, tendo em vista que nossa experiência se limita em educação infantil e 1ª a 8 séries. Saímos do encontro presencial mais assustadas do que entramos, porém, como já passamos por experiências muito parecidas no magistério, sabemos que tiraremos de letra. Algo que nos preocupou muito foi o fato de termos que atuar 20 horas semanais em sala de aula, pois, na escolas aqui do município, o normal são três noites com alunos. Estamos buscando alternativas, porém, não dependerá apenas de nossa disposição e sim, da boa vontade dos alunos e da aceitação por parte da escola e SMED. Bem, por hoje, este é o meu desabafo....
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